Professores não recebem há um ano
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 05, 2006 at 8:21 da tarde.Os dez professores da Escola de Música do Planalto do Ingote (EMPI) não recebem salários desde Outubro do ano passado, denunciou ontem o vereador comunista da Câmara de Coimbra,Jorge Gouveia Monteiro, por recear que esse atraso, da responsabilidade da Câmara, dite a "morte" de um projecto de ensino que tem ocupado 84 alunos.
Gouveia Monteiro, o mentor da escola de música daquela zona de habitação social, há cerca de ano e meio, teme que os professores não reiniciem as aulas, após as férias de Agosto, se a Câmara não pagar o que lhes deve. "É impossível, da minha parte, continuar a segurar as pontas", queixou-se o vereador da Habitação, dando conta da instatisfação dos professores, que são credores da autarquia na condição de empresa (chamada Coreto dos Sopros).
A Escola de Música do Planalto do Ingote é frequentada, sobretudo, por crianças e jovens dos bairros da Rosa e do Ingote e por residentes da Comunidade Juvenil de S. Francisco. E um dos seus objectivos é criar uma banda filarmónica, com 60 dos alunos que a frequentam.
Gouveia Monteiro afirmou que o processo de aprendizagem dos alunos tem sido "espantoso", mas falta, nomeadamente, adquirir alguns intrumentos mais caros para alcançar aquela meta, acrescentou.
Na reunião do Exectivo municipal, o vereador da Cultura, Mário Nunes, nada disse de concreto sobre o problema dos salários. Afirmou, ainda assim, que "a filarmónica era para aparecer em Junho e não apareceu", e observou que o que se faz na EMPI "não tem comparação mínima" com o que se faz em outras três escolas de música (filarmónicas) do concelho de Coimbra. Não obstante o facto de a Câmara já ter investido 100 mil euros naquela escola, garantiu Mário Nunes, em plena reunião.
Mais tarde, após consultar o processo da EMPI, Gouveia Monteiro desmentiu, em declarações ao JN, o vereador da Cultura. Sustentou que a Câmara deveria ter pago 55 mil euros à orquestra, em 2005, mas nem a totalidade dessa verba chegou a pagar.
Numa reunião dominada pelas dificuldades orçamentais da autarquia, o seu presidente, Carlos Encarnação, afirmou apenas que fará tudo o que estiver ao seu alcance para resolver o problema. "A escola de música é uma das últimas coisas que eu gostaria de perder", disse.
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