Regresso da rotina familiar depois das férias
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 05, 2006 at 8:10 da tarde.
Uns vêm pela mão, outros ao colo e há até os que chegam às cavalitas dos pais. Depois de várias semanas de férias, a rotina repete-se e, ao despontar da manhã, o primeiro local de paragem da maioria dos pais volta a ser o infantário.
Para Luís e Ana Santos novidade é a palavra de ordem. Ainda um pouco nervosos, dizem rapidamente que é a sua primeira vez em quase tudo: “Primeiro filho, primeiro dia de infantário, é uma ansiedade enorme”, desabafa Ana. O pequeno Gustavo tem apenas seis meses e ainda não passou um único dia longe dos pais. “O que mais nos custa é que ele não vai ter ninguém a dar-lhe mimo e atenção só a ele, isso é o que nos custa mais”, diz o pai enquanto toca à campainha da entrada. O trabalho não perdoa e o jovem casal não teve outro remédio se não pôr o filho num infantário, até porque “os avós também trabalham”. “Não tínhamos absolutamente ninguém com quem o deixar”, lamenta a mãe.
O mesmo acontece com Paula e Simon Curtis, ela francesa e ele inglês, com dois filhos pequenos. “Não temos nenhuma pessoa que nos possa apoiar e o Governo também não ajuda muito”, explica Simon no seu português com sotaque. Para Ana, a explicação é simples: “Dão-nos apenas quatro meses e depois tudo tem de seguir em frente”, havendo ou não condições para educar os filhos. E, como a oferta no sector público é reduzida, as escolas privadas surgem no topo das preferências. “Se os deixássemos numa ama, a ansiedade seria maior e não teríamos a quem reclamar se algo acontecesse. Aqui temos uma instituição, a experiência das pessoas que aqui trabalham é reconhecida”, afirmam.
No primeiro dia de Catarina, seis meses, tudo foi difícil para os pais, André Valentim e Susana Figueiredo. “Custa-nos um pouco”, diz a mãe, na expectativa da reacção da filha à nova realidade. Para os pais, as mudanças também foram grandes. “Antigamente andávamos de transportes, agora temos de recorrer ao carro porque é mais fácil e prático transportá-la dessa forma”, conta o pai.
A pequena Helena, 14 meses, é uma das poucas que teria a possibilidade de ficar em casa, com os avós, mas os pais entendem que o convívio é o mais importante. Vanda e Rui Silva entendem que “é muito positivo ela integrar-se num infantário”. “Ao nível da saúde existem inconvenientes, mas a experiência é enriquecedora.”
'A MENSALIDADE É MUITO CARA'
“A mensalidade é muito cara”, desabafam Luís e Ana Santos quando questionados sobre o que pesa no bolso ter um filho num infantário privado. A mesma opinião é partilhada pela maioria dos pais abordados pelo CM: as vagas nos estabelecimentos públicos rareiam, as listas de espera são enormes e a necessidade absoluta de deixar o filho ao cuidado de alguém durante o horário de trabalho leva a maioria dos casais a optar pelo sector privado. Carla Silva, mãe de um menino com 18 meses, resume o problema a uma única frase: “Não há Estado, por isso não temos alternativa, apesar de a mensalidade ser caríssima.” Para Susana Figueiredo e André Valentim, o preço do infantário não é um problema, porque acreditam na ideia de que “tudo é uma questão de organização”. Ainda assim, não deixam de criticar os valores praticados pela maioria dos estabelecimentos privados. “A oferta é muito reduzida e a mensalidade acaba por ficar muito cara.”
Para Luís e Ana Santos novidade é a palavra de ordem. Ainda um pouco nervosos, dizem rapidamente que é a sua primeira vez em quase tudo: “Primeiro filho, primeiro dia de infantário, é uma ansiedade enorme”, desabafa Ana. O pequeno Gustavo tem apenas seis meses e ainda não passou um único dia longe dos pais. “O que mais nos custa é que ele não vai ter ninguém a dar-lhe mimo e atenção só a ele, isso é o que nos custa mais”, diz o pai enquanto toca à campainha da entrada. O trabalho não perdoa e o jovem casal não teve outro remédio se não pôr o filho num infantário, até porque “os avós também trabalham”. “Não tínhamos absolutamente ninguém com quem o deixar”, lamenta a mãe.
O mesmo acontece com Paula e Simon Curtis, ela francesa e ele inglês, com dois filhos pequenos. “Não temos nenhuma pessoa que nos possa apoiar e o Governo também não ajuda muito”, explica Simon no seu português com sotaque. Para Ana, a explicação é simples: “Dão-nos apenas quatro meses e depois tudo tem de seguir em frente”, havendo ou não condições para educar os filhos. E, como a oferta no sector público é reduzida, as escolas privadas surgem no topo das preferências. “Se os deixássemos numa ama, a ansiedade seria maior e não teríamos a quem reclamar se algo acontecesse. Aqui temos uma instituição, a experiência das pessoas que aqui trabalham é reconhecida”, afirmam.
No primeiro dia de Catarina, seis meses, tudo foi difícil para os pais, André Valentim e Susana Figueiredo. “Custa-nos um pouco”, diz a mãe, na expectativa da reacção da filha à nova realidade. Para os pais, as mudanças também foram grandes. “Antigamente andávamos de transportes, agora temos de recorrer ao carro porque é mais fácil e prático transportá-la dessa forma”, conta o pai.
A pequena Helena, 14 meses, é uma das poucas que teria a possibilidade de ficar em casa, com os avós, mas os pais entendem que o convívio é o mais importante. Vanda e Rui Silva entendem que “é muito positivo ela integrar-se num infantário”. “Ao nível da saúde existem inconvenientes, mas a experiência é enriquecedora.”
'A MENSALIDADE É MUITO CARA'
“A mensalidade é muito cara”, desabafam Luís e Ana Santos quando questionados sobre o que pesa no bolso ter um filho num infantário privado. A mesma opinião é partilhada pela maioria dos pais abordados pelo CM: as vagas nos estabelecimentos públicos rareiam, as listas de espera são enormes e a necessidade absoluta de deixar o filho ao cuidado de alguém durante o horário de trabalho leva a maioria dos casais a optar pelo sector privado. Carla Silva, mãe de um menino com 18 meses, resume o problema a uma única frase: “Não há Estado, por isso não temos alternativa, apesar de a mensalidade ser caríssima.” Para Susana Figueiredo e André Valentim, o preço do infantário não é um problema, porque acreditam na ideia de que “tudo é uma questão de organização”. Ainda assim, não deixam de criticar os valores praticados pela maioria dos estabelecimentos privados. “A oferta é muito reduzida e a mensalidade acaba por ficar muito cara.”
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