Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Mobiliário foi levado e os trabalhos dos alunos ficaram no chão

Macedo de Cavaleiros é o concelho do distrito de Bragança onde mais escolas fecham portas este ano. Precisamente nesse concelho, o DN encontrou um edifício para o primeiro ciclo que já revela sinais de abandono e degradação. Na localidade de Grijó, o mobiliário da escola já foi levado e os trabalhos dos alunos ficaram espalhados pelo chão.
António Salselas, presidente da Junta de Freguesia de Grijó, olha com tristeza para o cenário que resta, na escola onde ele próprio concluiu a 4.ª classe em 1951, ano em que foi inaugurada. "Eu gostava era que isto se mantivesse tal como está, era a história que permanecia aqui", lamenta o autarca.
António Salselas acredita que com o encerramento da escola a aldeia vai ficar mais deserta. "Fica morta, é só a carreira que os leva e traz e mais nada." E acrescenta que "não se justifica uma tão grande concentração em Macedo de Cavaleiros", sede do município, já que as crianças poderiam ser distribuídas pelas aldeias.
No entanto, este abandono parece ter os dias contados. As câmaras municipais estão já a reflectir sobre o destino a dar a estes espaços que vão ficar vagos. São diversas as utilidades que lhes podem ser dadas. Roberto Afonso, vereador municipal da educação em Vinhais, refere que "alguns dos edifícios estão a ser solicitados por associações culturais e recreativas ou de caça para ali desenvolverem as suas actividades". Por outro lado, outros espaços podem vir a ser ocupados por juntas de freguesia que ainda não tenham sede própria.
A transformação em unidades turísticas é uma hipótese que está também a ser encarada. Em Macedo de Cavaleiros, são ponderadas duas vertentes: "Vivendas e apartamentos ou centros de alojamento juvenil para apoiar acções de educação ambiental", adianta Beraldino Pinto, o presidente da câmara. O mesmo vai acontecer em Vinhais, já que este "pode ser um projecto conjunto com outras autarquias, nomeadamente da Terra Fria Transmontana, para um megaprojecto de turismo rural", revela Roberto Afonso.
No distrito de Bragança, não abrem portas este ano 229 escolas do primeiro ciclo. Macedo de Cavaleiros perde 38 e Mirandela 37. Logo a seguir, surge a capital do distrito, Bragança, que fica com menos 32 escolas.

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