Apenas quatro em 11 mil contratados em Português
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 05, 2006 at 8:19 da tarde.
Sandra Costa está entre os 50 mil professores contratados que não conseguiram colocação. Depois de mais de dez anos a dar aulas, vai agora para o desemprego. Porque uma alteração legislativa, introduzida no concurso deste ano, ditou que apenas quatro contratados, entre 11 mil candidatos, tivessem colocação no grupo 300 (Português).
O problema radica no facto de o Ministério da Educação (ME) ter dividido o grupo disciplinar de Português/Francês no 3.º Ciclo e no Secundário e obrigado os docentes efectivos de Francês a concorrerem às vagas do novo grupo 300, alegadamente, porque não havia horários de Francês em número suficiente para todos os profissionais do quadro. Sandra Costa concorreu a Português, mas, à sua frente, ficaram todos os efectivos de Francês que se candidataram ao grupo 300.
A injustiça - critica esta professora do Porto - surge quando apareceram 600 horários para Francês (grupo 320), que foram ocupados por docentes contratados, muitos dos quais com menos tempo de serviço e qualificação inferior aos que concorreram a Português e ficaram sem lugar.
As incongruências no novo sistema aferem-se também pelo número de professores efectivos e vinculados a quadro de zona que ficaram sem colocação 435 no grupo 320 e cerca de 600 no 300.
Com 35 anos e 18 escolas no currículo, Sandra Costa encara com muita apreensão o seu futuro. "Para que serve o grupo 300? A manter-se esta situação, nunca mais vou conseguir vincular. Torna-se impossível entrar para a carreira!" Sem estabilidade profissional, ficam adiados os projectos de uma vida a dois e de compra de uma casa.
"Sinto-me muito desanimada, Investi na formação para ser professora, que é a minha vocação, trabalho há mais de dez anos e agora vou para o desemprego. Não quero abandonar a docência, mas, a manter-se esta situação, não vejo perspectivas de conseguir colocação e vinculação, ainda mais agora que os concursos têm a duração de três anos", lamenta a professora.
O problema radica no facto de o Ministério da Educação (ME) ter dividido o grupo disciplinar de Português/Francês no 3.º Ciclo e no Secundário e obrigado os docentes efectivos de Francês a concorrerem às vagas do novo grupo 300, alegadamente, porque não havia horários de Francês em número suficiente para todos os profissionais do quadro. Sandra Costa concorreu a Português, mas, à sua frente, ficaram todos os efectivos de Francês que se candidataram ao grupo 300.
A injustiça - critica esta professora do Porto - surge quando apareceram 600 horários para Francês (grupo 320), que foram ocupados por docentes contratados, muitos dos quais com menos tempo de serviço e qualificação inferior aos que concorreram a Português e ficaram sem lugar.
As incongruências no novo sistema aferem-se também pelo número de professores efectivos e vinculados a quadro de zona que ficaram sem colocação 435 no grupo 320 e cerca de 600 no 300.
Com 35 anos e 18 escolas no currículo, Sandra Costa encara com muita apreensão o seu futuro. "Para que serve o grupo 300? A manter-se esta situação, nunca mais vou conseguir vincular. Torna-se impossível entrar para a carreira!" Sem estabilidade profissional, ficam adiados os projectos de uma vida a dois e de compra de uma casa.
"Sinto-me muito desanimada, Investi na formação para ser professora, que é a minha vocação, trabalho há mais de dez anos e agora vou para o desemprego. Não quero abandonar a docência, mas, a manter-se esta situação, não vejo perspectivas de conseguir colocação e vinculação, ainda mais agora que os concursos têm a duração de três anos", lamenta a professora.
0 Responses to “Apenas quatro em 11 mil contratados em Português”