Pais não gostaram do fecho das escolas
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 05, 2006 at 8:15 da tarde.
Hugo, cinco anos, já vai à escola primária. Está ansioso por que chegue o primeiro dia de aulas, mas ao mesmo tempo triste porque já não vai frequentar a escola da sua aldeia. Mais de 40 anos depois, aquele edifício em Fontes Transbaceiro, concelho de Bragança, vai deixar de receber crianças. Oito alunos vão ser transferidos para outra aldeia, a cerca de 15 quilómetros. Espinhosela vai albergar crianças de quatro freguesias.
"Gostava que ficasse aqui, estava mais perto e até já conhecia os outros meninos", lamenta Paula Afonso, mãe de Hugo. A apreensão parece ser o sentimento comum de todos os pais. Cristina Silva, mãe de outra aluna, fala nas condições físicas das escolas: "A área de recreio é mais pequena lá e está muito próxima da estrada", afirma, alertando para os perigos de atropelamentos.
Os encarregados de educação queixam-se também da falta de transportes, para se deslocarem à nova escola e participar em reuniões. "Quem não tem carro, como eu, como é que faz? Vamos a pé?", questiona Cristina Silva.
O encerramento das escolas do primeiro ciclo na área rural acaba também por trazer dificuldades económicas e sociais à população. As aldeias de Trás-os-Montes não apresentam oferta de emprego e a escola acabava por constituir uma fonte de rendimento para quem fazia a limpeza das instalações e assegurava as refeições dos alunos. "Agora vou perder esse trabalho", refere Paula Afonso, e "eram umas horitas que se ganhavam. Não era muito dinheiro, mas dava uma ajuda."
A reestruturação da rede escolar não foi pacífica no distrito de Bragança. Ouviram-se muitos protestos contra o encerramento de escolas e transferência dos alunos para estabelecimentos que, segundo os pais, não ofereciam condições adequadas.
No concelho de Vinhais, a polémica foi mais acesa. A aldeia de Agrochão não aceitou bem o fecho da escola local e consequente deslocação das crianças para Ervedosa, a sete quilómetros de distância. Os protestos de nada valeram. A escola de Agrochão era frequentada por oito crianças. Nenhuma delas seguiu para Ervedosa. Os pais não acataram as determinações da autarquia na definição da carta educativa de Vinhais e optaram por levar os filhos para a sede de concelho ou para o município vizinho.
A maioria acabou por matriculá-los na vila de Torre Dona Chama, concelho de Mirandela. "É um pouco mais longe, mas a estrada é melhor", diz Helena Gomes, mãe de um aluno. "Além disso, a escola assegura o transporte e alimentação, e depois das aulas até têm ocupações, como música e desporto."
"Gostava que ficasse aqui, estava mais perto e até já conhecia os outros meninos", lamenta Paula Afonso, mãe de Hugo. A apreensão parece ser o sentimento comum de todos os pais. Cristina Silva, mãe de outra aluna, fala nas condições físicas das escolas: "A área de recreio é mais pequena lá e está muito próxima da estrada", afirma, alertando para os perigos de atropelamentos.
Os encarregados de educação queixam-se também da falta de transportes, para se deslocarem à nova escola e participar em reuniões. "Quem não tem carro, como eu, como é que faz? Vamos a pé?", questiona Cristina Silva.
O encerramento das escolas do primeiro ciclo na área rural acaba também por trazer dificuldades económicas e sociais à população. As aldeias de Trás-os-Montes não apresentam oferta de emprego e a escola acabava por constituir uma fonte de rendimento para quem fazia a limpeza das instalações e assegurava as refeições dos alunos. "Agora vou perder esse trabalho", refere Paula Afonso, e "eram umas horitas que se ganhavam. Não era muito dinheiro, mas dava uma ajuda."
A reestruturação da rede escolar não foi pacífica no distrito de Bragança. Ouviram-se muitos protestos contra o encerramento de escolas e transferência dos alunos para estabelecimentos que, segundo os pais, não ofereciam condições adequadas.
No concelho de Vinhais, a polémica foi mais acesa. A aldeia de Agrochão não aceitou bem o fecho da escola local e consequente deslocação das crianças para Ervedosa, a sete quilómetros de distância. Os protestos de nada valeram. A escola de Agrochão era frequentada por oito crianças. Nenhuma delas seguiu para Ervedosa. Os pais não acataram as determinações da autarquia na definição da carta educativa de Vinhais e optaram por levar os filhos para a sede de concelho ou para o município vizinho.
A maioria acabou por matriculá-los na vila de Torre Dona Chama, concelho de Mirandela. "É um pouco mais longe, mas a estrada é melhor", diz Helena Gomes, mãe de um aluno. "Além disso, a escola assegura o transporte e alimentação, e depois das aulas até têm ocupações, como música e desporto."
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