Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Ministério da Educação propõe colocações apenas por 3 anos

O Ministério da Educação (ME) propôs hoje aos sindicatos do sector a redução do período das colocações dos professores de quatro para três anos, tendo em conta a fase de transição das regras.
Segundo a Federação Nacional do Ensino e Investigação (Fenei), que hoje se reuniu com a tutela para negociar as alterações ao sistema de colocação de professores, o ME propõe que os resultados do próximo concurso sejam válidos até ao ano lectivo 2008/2009 e não 2009/2010, como queria inicialmente. Na semana passada, a tutela anunciou aos sindicatos a decisão de acabar com os concursos anuais, estabelecendo que as colocações de docentes só seriam feitas de quatro em quatro anos.
Hoje o ME propôs, no entanto, que o próximo concurso de professores tenha uma validade de apenas três anos, por ser uma fase de transição relativamente às regras até agora em vigor, adiantou o secretário-geral da Fenei, Carlos Chagas.
A hipótese de reduzir de quatro para três anos o período das colocações já tinha sido avançada à agência Lusa pelo secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, no final da última ronda negocial, realizada antes do Natal.
"Há claramente margem de negociação relativamente ao período de tempo das colocações, mas não faz sentido que estas sejam feitas por menos de três anos", disse na altura o responsável.
Se a duração dos concursos passar a ser efectivamente de três anos, a Associação de Professores Pró-Ordem, estrutura sindical independente que hoje também se reuniu com a tutela, diz estar disponível para aceitar a celebração de um acordo com o Ministério relativamente às alterações previstas para o concurso de professores. Esta proposta deverá ainda ser apresentada à Federação Nacional de Professores (Fenprof) e à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (Fne), que se reúnem amanhã com o secretário de Estado Adjunto pela penúltima vez.
O processo de negociação sobre as alterações que o ME quer introduzir no sistema de colocação de professores terá de estar concluído na primeira semana do próximo mês, uma vez que o novo concurso de professores arranca já em Fevereiro.

Bullying: a importância dos recreios

A pouca atenção dada à importância dos recreios no dia-a-dia das escolas converte-os em espaços privilegiados para o "bullying" (intimidação e agressividade) entre os alunos. Um estudo feito em escolas do 1.º e 2.º ciclos dos concelhos de Braga, Guimarães e Lisboa, envolvendo cerca de mil crianças, veio provar que é no recreio onde existe a maior percentagem de alunos vítimas de práticas agressivas, devido quer à vigilância escassa, quer à reduzida oferta de actividades lúdicas e recreativas.
Beatriz Pereira, professora e investigadora do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, reconhece que "os espaços de recreio são uma parte da escola frequentemente pouco valorizada e por vezes negligenciada, mas onde a maioria das crianças e jovens passam os melhores momentos da sua vida escolar".
É nesse espaço escolar que deixam de ser alunos para se assumirem como actores com poder para decidir e tomar as iniciativas que visam favorecer a sua auto-estima ou agredir os colegas. Conclui a investigadora que é no recreio que uma franja dos alunos passa os priores momentos da vida escolar. No estudo que realizou em estabelecimentos do 2.º ciclo de Braga, Guimarães e Lisboa, constatou que, para 70% das crianças que declararam ter sido intimidadas por colegas seus, esses actos ocorreram no recreio escolar.
Para tal contribuiu - segundo fez notar a investigadora - o facto de os alunos estarem entregues a si mesmos. Por outro lado, os recreios "são uma parte da escola frequentemente pouco valorizada e por vezes negligenciada pelos docentes, corpos directivos e Poder Central".
Beatriz Pereira questiona se balizas de andebol e cestos de basquetebol, sem bolas, serão promotores de prática desportiva no 2.º e 3.º ciclos. Para além disso, considera necessário que a escola ofereça condições de acesso à música, teatro, pintura, línguas estrangeiras, jardinagem, biblioteca, ludoteca, museu, etc..
No âmbito de um trabalho de investigação, a pedagoga elaborou um programa de intervenção em duas escolas do 1.º e 2.º ciclos, onde foram feitos melhoramentos e a diversificação dos espaços de recreio exteriores e interiores, sendo alguns deles dinamizados e supervisionados. Como termo de comparação, foram escolhidas outras duas escolas onde não foi feita qualquer intervenção.

ESTUDO. O estudo decorreu durante dois anos lectivos. No primeiro, foi estudado o nível de agressividade nos recreios das quatro escolas. Findo esse período, foi feita a intervenção nas duas escolas escolhidas. Findos os dois anos, foram novamente medidos os níveis de agressividade nas quatro escolas. Beatriz Pereira concluiu que nos estabelecimentos onde foram feitas alterações significativas nos recreios, oferecendo um leque variado de actividades, a agressividade e intimidação diminuíram significativamente. "Os melhoramentos dos recreios na escola do 2.º ciclo foram traduzidos em aumentos dos espaços (interiores e exteriores), na diversificação das práticas realizadas nos tempos livres e na supervisão de alguns destes espaços, o que explicará certamente a redução significativa das ocorrências de bullying nos recreios", concluiu.

Escola da Ponte: o castigo é ficar a reflectir!!!

Se não fosse um exagero, diríamos que a disciplina lhes corre nas veias. Mas, claro está, as crianças são iguais em todo o lado, e encontrar um recreio escolar livre de zaragatas é tão provável quanto a mesma pessoa ganhar a lotaria duas vezes. Possível, isso sim, é haver formas diferentes de entender e resolver esse tipo de problemas, como acontece na Escola da Ponte, em Santo Tirso. Ali, são os alunos a debater os seus comportamentos e só em último caso recorrem à intervenção dos adultos.
Sexta-feira, 15 horas. Por imperativos de espaço, é no vizinho cinema de Vila das Aves que decorrem as semanais assembleias da escola, em que, sempre que se justifique, os casos de indisciplina integram a ordem de trabalhos. Na última, os miúdos discutiram as confusões que se passaram num qualquer intervalo. A comissão de ajuda, que tem assento na mesa da assembleia, registou as sugestões para, depois, tomar uma decisão - que é ajudar tanto os queixosos como os indisciplinados.
Dito assim, pode soar a coisa de gente grande. E, na verdade, é. Com a diferença de que os professores e os funcionários apenas são recurso quando os alunos não conseguem, sozinhos, solucionar os problemas por eles criados - por exemplo, uma bulha mais complicada. Outra das características deste método é que os protagonistas de maus comportamentos ficam sem intervalo e passam esse tempo a reflectir sobre o sucedido. Ora escrevendo, ora falando com os colegas. É este o "castigo".
"Na maior parte das vezes, os alunos conseguem resolver as coisas entre eles. Quando são coisas mais sérias, temos de avisar os professores", diz Mário Rui, de dez anos. Para este membro da comissão de ajuda, o esquema da Escola da Ponte "faz com que a disciplina melhore". E dá como exemplo os casos de meninos que foram ali parar, após expulsões por mau comportamento, e que conseguem manter-se na escola.
Desrespeito e desobediência são as situações mais corriqueiras. Entre as mais sérias, Mário Rui aponta o "fechar as pessoas na casa de banho". Mera brincadeira? "É brincadeira, só que fazem aquilo por gosto ou porque se querem vingar", conclui.
Presidente da mesa da assembleia desde o início do ano lectivo, Sara Rocha não vê no castigo um verdadeiro castigo "Reflectimos sobre o que fizemos e damos propostas para melhorar o nosso comportamento. E funciona". Pela forma como conduziu a assembleia, Sara era o exemplo da disciplina em permanência.

Escolas do 1º Ciclo passam a pagar o Leite Escolar

No próximo mês serão as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico que irão pagar o leite consumido pelos alunos. A medida visa reduzir os gastos com o Programa Leite Escolar, cujo custo anual é de dez milhões de euros.
Com a entrada em vigor do novo sistema, foi anulado, em Outubro, o concurso internacional realizado pelas Direcções Regionais de Educação para a escolha do fornecedor dos pacotes de leite. O Governo garante, no entanto, que “o fornecimento de leite escolar não estará ameaçado a partir do próximo mês”.
O leite escolar, uma embalagem de 0,2 dl entregue a cada aluno, “é para muitas crianças carenciadas a primeira refeição”, disse ao CM Albino Almeida, presidente de Confederação de Associações de Pais (Confap). Com o novo sistema, defende que as escolas terão maior margem na gestão dos recursos podendo optar, por exemplo, “por leite e pão”.

RECEIOS. Diferente posição tem o deputado do Bloco de Esquerda, João Teixeira Lopes, que interrogou a ministra da Educação sobre se as alterações no sistema de compra não irão provocar “falhas de abastecimento e redução da qualidade do leite”.
A descentralização coloca nas mãos dos professores, membros dos conselhos executivos, a decisão de escolha dos fornecedores de leite. Francisco Almeida, dirigente da Federação de Associações de Professores (Fenprof), diz que os professores estão habilitados para escolher entre diversos fornecedores. “Cabe aos professores decidir em concursos para a compra de material informático, não será mais complicada a escolha do leite”.

Blá, Blá, Blá...


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