Melhores alunos do Secundário aliciados para a investigação
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 05, 2006 at 8:20 da tarde.
Haverá melhor escolha do que um curso de Medicina quando se tem uma média superior a 18 valores? À dúvida de muitos jovens, a Universidade Júnior - uma iniciativa da Universidade do Porto - responde "sim". E, desde ontem e durante uma semana, está a tentar prová-lo a 88 dos melhores alunos de todo o país. Até sexta-feira, os jovens participam, activamente, em 22 projectos de investigação, provando que, nas Ciências da Vida, há outras "vidas" que não a penas a Medicina.
Fátima Vieira, directora da Universidade Júnior, disse ao JN ser compreensível que os alunos detentores de classificações elevadas pensem em seguir Medicina por questões financeiras. "O problema é que, muitas vezes, desconhecem a existência de muitos outros cursos na área das Ciências da Vida que podem ser tão ou mais aliciantes do que a Medicina", explicou.
Responsável por cerca de 21% da produção científica do país, a Universidade do Porto pretende, através desta iniciativa - intitulada "Escola de Ciências da Vida e da Saúde" - "piscar o olho" aos bons alunos do Secundário para outras carreiras naquela área.
Ao repto responderam 150 jovens de todo o país, mas apenas 88 foram seleccionados. Destes, 36 permanecem uma semana no Porto em regime de alojamento.
Durante uma semana, nove instituições de pesquisa científica acolhem equipas de quatro jovens cada em 22 projectos de investigação diferentes. Estes abrangem várias áreas das Ciências da Vida e da Saúde. "Nutrição nas Doenças Renais" é um dos projectos em execução. Nele, os alunos irão compreender a necessidade do estudo do teor de potássio na alimentação daqueles doentes, através de trabalhos teóricos e práticos.
"Quando o coração falha do laboratório à clínica", "Descoberta de novos e mais eficazes meios para tratamento da dor", "Morte celular programada.Estudo da morte celular em sistemas diferentes", "Efeitos tóxicos de pesticidas a nível do sistema nervoso" e "Desenvolvimento embrionário do sistema nervoso" são alguns dos restantes projectos de investigação que estão a ser desenvolvidos pelos estudantes.
Na próxima sexta-feira, último dia dos trabalhos, os 88 jovens irão apresentar e defender, durante um congresso organizado para o efeito, as conclusões das investigações realizadas.
Um programa idêntico está também a decorrer, desta feita vocacionado a estudantes interessados pelo estudo da Física. São, com efeito, 60 alunos dos 10.º e 11.º anos que participam nos projectos de investigação da "Escola de Física", que inclui palestras, visitas a laboratórios eum mini-curso sobre Teoria da Relatividade.
"Terminei o 11. º ano, mas continuo sem a certeza de que curso devo seguir". Com uma média de 19,1 valores, Filipa Oliveira sabe que não terá dificuldade em entrar em Medicina. Contudo, pretende, durante esta semana, conhecer outras ofertas de formação. "Na escola sabemos que há muitos cursos, mas falta-nos informação mais pormenorizada sobre cada um deles, para que possamos fazer uma boa escolha", referiu. A mesma preocupação com a falta de informação fez Raquel Almeida matricular-se na Universidade Júnior. "Estou indecisa entre investigação e Saúde, mas talvez possa vir a optar por um curso de enfermagem", afirmou. Como nada está ainda decidido, espera que, durante o curso, a interacção com os diversos investigadores lhe permita conhecer melhor o trabalho de cada um e, assim, ajudá-la a decidir no futuro. "Há muita falta de informação e, por isso, uma iniciativa como esta é muito útil", concluiu.
Fátima Vieira, directora da Universidade Júnior, disse ao JN ser compreensível que os alunos detentores de classificações elevadas pensem em seguir Medicina por questões financeiras. "O problema é que, muitas vezes, desconhecem a existência de muitos outros cursos na área das Ciências da Vida que podem ser tão ou mais aliciantes do que a Medicina", explicou.
Responsável por cerca de 21% da produção científica do país, a Universidade do Porto pretende, através desta iniciativa - intitulada "Escola de Ciências da Vida e da Saúde" - "piscar o olho" aos bons alunos do Secundário para outras carreiras naquela área.
Ao repto responderam 150 jovens de todo o país, mas apenas 88 foram seleccionados. Destes, 36 permanecem uma semana no Porto em regime de alojamento.
Durante uma semana, nove instituições de pesquisa científica acolhem equipas de quatro jovens cada em 22 projectos de investigação diferentes. Estes abrangem várias áreas das Ciências da Vida e da Saúde. "Nutrição nas Doenças Renais" é um dos projectos em execução. Nele, os alunos irão compreender a necessidade do estudo do teor de potássio na alimentação daqueles doentes, através de trabalhos teóricos e práticos.
"Quando o coração falha do laboratório à clínica", "Descoberta de novos e mais eficazes meios para tratamento da dor", "Morte celular programada.Estudo da morte celular em sistemas diferentes", "Efeitos tóxicos de pesticidas a nível do sistema nervoso" e "Desenvolvimento embrionário do sistema nervoso" são alguns dos restantes projectos de investigação que estão a ser desenvolvidos pelos estudantes.
Na próxima sexta-feira, último dia dos trabalhos, os 88 jovens irão apresentar e defender, durante um congresso organizado para o efeito, as conclusões das investigações realizadas.
Um programa idêntico está também a decorrer, desta feita vocacionado a estudantes interessados pelo estudo da Física. São, com efeito, 60 alunos dos 10.º e 11.º anos que participam nos projectos de investigação da "Escola de Física", que inclui palestras, visitas a laboratórios eum mini-curso sobre Teoria da Relatividade.
"Terminei o 11. º ano, mas continuo sem a certeza de que curso devo seguir". Com uma média de 19,1 valores, Filipa Oliveira sabe que não terá dificuldade em entrar em Medicina. Contudo, pretende, durante esta semana, conhecer outras ofertas de formação. "Na escola sabemos que há muitos cursos, mas falta-nos informação mais pormenorizada sobre cada um deles, para que possamos fazer uma boa escolha", referiu. A mesma preocupação com a falta de informação fez Raquel Almeida matricular-se na Universidade Júnior. "Estou indecisa entre investigação e Saúde, mas talvez possa vir a optar por um curso de enfermagem", afirmou. Como nada está ainda decidido, espera que, durante o curso, a interacção com os diversos investigadores lhe permita conhecer melhor o trabalho de cada um e, assim, ajudá-la a decidir no futuro. "Há muita falta de informação e, por isso, uma iniciativa como esta é muito útil", concluiu.
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