Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Governo prevê almoços em todo o 1º Ciclo

O primeiro-ministro afirmou ontem que a reforma do ensino básico vai incluir o fornecimento de refeições em todas as escolas do primeiro ciclo, o que só acontece em cerca de 60%. No mesmo dia, em que foi anunciado pelo Ministério da Educação, a aprovação das verbas para garantir o almoço de crianças de 224 concelhos, 80% de todo o universo. "Eu espero, já no próximo ano, podermos estar a falar de uma cobertura total", referiu, por sua vez, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, no final da conferência parlamentar do PS "A escola a tempo inteiro".
Na intervenção de fecho, o chefe de Governo enalteceu a parceria com as autarquias e disse que o Executivo tenciona "entregar mais competências às Câmaras" nesta matéria.
"Vim aqui defender as políticas do Governo", disse José Sócrates, em mais uma acção de promoção das decisões para o primeiro ciclo do ensino básico. "Há 20 anos ter todos os alunos em boas escolas era um ideal, mas agora há condições para realizar esse objectivo. Temos recursos humanos e dinheiro. Já não temos nenhuma desculpa para o fazer", referiu.
O primeiro-ministro disse ainda compreender quem se opõe ao encerramento da escola primária, porque nasceu numa aldeia e sabe "o peso simbólico" que isso representa. Mas explicou que "há uma relação directa entre o insucesso escolar e o número mínimo de alunos", pelo que a mudança de escola será benéfica para as crianças que poderão conviver com colegas de outros estratos e adquirir experiências, que de outro modo, não teriam. Sócrates fez também questão de realçar a utilidade das aulas de substituição, alegando que é natural que tal regime obrigue os professores a alterar a rotina e a fazerem mais horas, mas que o resultado compensa o esforço. Aos protestos de professores - devido ao aumento da carga horária e do concurso nacional que irá fixar o pessoal docente a uma escola durante três anos -, o primeiro-ministro respondeu não entender porque o exigiram durante tanto tempo e agora contestam a decisão.
Maria de Lurdes Rodrigues admitiu ontem, que 1500 escolas do primeiro ciclo do ensino básico podem fechar no próximo ano lectivo, como o JN noticiou no domingo. Este anúncio já levou o BE a pedir uma audição parlamentar, urgente, à ministra. A governante explicou que houve uma lista inicial de 500 escolas com taxas de repetência acima da média e com menos de 10 alunos, mas a esse rol, os autarcas acrescentaram outras mil. E adiantou que "não é um número certo" e que o transporte das crianças será assegurado pelas autarquias que têm até Abril para entregar ao Ministério os planos de construção de centros escolares ou à melhoria de infra-estruturas. Obras que deverão ser feitas antes do próximo ano lectivo

Serão encerradas quase 1.600 escolas...

Quase 1600 escolas primárias vão ser fechadas no fim deste ano lectivo, «ultrapassando largamente» o número inicialmente previsto pelo Ministério da Educação, que apontava para apenas meio milhar. O critério de selecção é «injusto» e «prejudicial», queixam-se os sindicatos de professores.
O Norte e o Centro do país serão os mais afectados, com cerca de 900 e 500 escolas, respectivamente, a serem encerradas em Setembro. Os dados foram avançados pelos sindicatos de professores das duas regiões, que consideram estes números «um exagero».
«Parece que se entusiasmaram», critica o coordenador do Sindicato de Professores do Centro (SPC), Luís Lobo. «Há concelhos que vão ficar praticamente sem escolas».
Segundo as Direcções-Regionais de Educação (DRE), em Lisboa serão suspensas 96 escolas, no Alentejo 60 e no Algarve 16. Ao todo, 1572 escolas primárias vão ver as portas fechadas.
Para uma escola encerrar, basta o número de alunos ser inferior a 20 ou a taxa de aproveitamento ser inferior a 89 por cento, explicam as DRE, garantindo que a «grande prioridade» é dar às crianças «melhor qualidade educativa».
Quem discorda são os sindicatos dos professores. «Há escolas viáveis que, só por terem um aluno a menos, vão ter de fechar», alerta Luís Lobo. «Muitos miúdos de seis e sete anos vão ter de acordar às seis da manhã para fazerem viagens de mais de uma hora até à escola. Será isso melhor qualidade?», questiona.
Outra das críticas vai para a recolocação dos professores. As DRE garantem que os docentes «não vão ficar em situação complexa», sendo sempre colocados noutros estabelecimentos de ensino. No entanto, os sindicatos dos professores sublinham que «as condições e locais onde as recolocações vão ser feitas é que ninguém ainda sabe».
Os pais também têm demonstrado a sua apreensão. Mas, «se forem asseguradas as condições de transporte, ATL, regime normal de horários e alimentação», ninguém «fica contra», explica o director da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAD), Albino Almeida. No entanto, as condições «ainda não estão criadas em muitas escolas», embora a «Sra. Ministra prometa rever todos os casos».
Os sindicatos acusam o Ministério da Educação de só ter «preocupações de ordem financeira», e de não ter pensado «nos aspectos sociais». «Não há medidas economicistas que resolvam os nossos problemas da educação», conclui o coordenador do SPC.

Encerramento de escolas por motivos pedagógicos?

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu que o Governo está determinado em levar até ao fim a reforma na educação, afirmando que o encerramento de escolas se justifica por critérios pedagógicos e não economicistas.
As palavras do chefe do Governo foram proferidas na abertura da sua reunião com o grupo parlamentar do PS, da qual esteve ausente o deputado socialista e ex-candidato a Presidente da República Manuel Alegre.
Segundo fonte da bancada socialista, perante os deputados do PS, José Sócrates vincou que o Governo tem a curto e médio prazo «uma agenda política exigente a cumprir», salientando que um primeiro passo será dado já na quinta-feira com a aprovação final na Assembleia da República da proposta de lei da nacionalidade.
«Trata-se de uma reforma que nos honra enquanto socialistas, porque visa a integração social e é um passo significativo na direcção certa», declarou o primeiro-ministro, citado pela mesma fonte partidária.
Na sua breve intervenção, o líder socialista deu sobretudo destaque aos projectos de reforma no sector da educação, área em que assegurou que o seu executivo «tem um programa reformador».
Numa alusão às reacções negativas a medidas que têm sido tomadas pelo executivo, José Sócrates frisou que as «reformas em curso na educação têm de ser prosseguidas em prol de um ensino melhor».
Segundo a mesma fonte, o chefe do Governo deu como exemplos de medidas «correctas» o programa de «escolas a tempo inteiro» até às 17h30, a existência de aulas de substituição, o ensino de Inglês e as alterações no mapa escolar.
«Algumas destas medidas geraram reacções, mas seguramente os alunos terão com essa medida uma educação melhor», contrapôs, citado pela mesma fonte da bancada socialista.
Sobre a controvérsia em torno do encerramento de algumas escolas, José Sócrates defendeu que a decisão do Governo teve por base «razões pedagógicas e não razões economicista».
«As mudanças que o Governo está a introduzir são feitas a pensar nas crianças. A ambição de Portugal não é ter 50 por cento dos alunos em escolas boas, mas cem por cento em escolas boas», declarou Sócrates, antes de avançar com mais um argumento para justificar o encerramento de algumas escolas.
«Crianças em escolas com menos de dez alunos são crianças excluídas, sem condições de igualdade de oportunidades», afirmou, citado pela mesma fonte.

Bom exemplo de Inglaterra!!!

O governo britânico está a preparar legislação para dar mais poder aos professores ingleses, o que lhes permitirá castigar fisicamente os alunos mais indisciplinados. A proposta de reforma do sistema de ensino prevê que os docentes possam aplicar castigos físicos aos alunos que, por exemplo, estejam a agredir colegas. Terão ainda o direito legal de confiscar telemóveis ou leitores portáteis de música, nos casos em que prejudiquem as aulas.
Mas o poder tutorial dos professores também se vai estender para fora dos portões da escola. Os alunos problemáticos, que provoquem distúrbios na ida ou na volta da escola, seja a pé, de autocarro ou de comboio, poderão ser castigados. Os pais também serão responsabilizados pelas acções das crianças, podendo até serem obrigados a pagar uma multa de 70 euros. Estas medidas só não deverão ser aplicadas nos jardins-de-infância.


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