Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Alunos ficaram apeados em Orbacém e Gondar


Dez alunos do ensino básico das freguesias de Orbacém e Gondar ficaram sem aulas, no dia de ontem, porque não tiveram direito a transporte escolar. É o rescaldo do conflito decorrente da aprovação da Carta Educativa do concelho de Caminha, em Junho, prevendo a criação de um centro educativo em Dem, destinado a jardim-de-infância e ensino do 1º ciclo, congregando os alunos das três freguesias e ainda das aldeias da Serra d'Arga.
Contudo, os encarregados de educação de Gondar e Orbacém rejeitaram a deslocalização dos seus filhos do Agrupamento do Vale do Âncora e não os matricularam em Dem (pertencente ao Agrupamento dos Vales do Coura e Minho), tendo optado por inscrevê-los em Riba d'Âncora.
A Câmara de Caminha mostrara-se intransigente face à reivindicação dos encarregados de educação e avisara que não garantiria a transporte para os miúdos das duas aldeias.
Assim, apesar de na semana passada os pais terem enviado cartas à Câmara e Junta de Orbacém (que aprovou a Carta Educativa, enquanto a de Gondar votou contra na Assembleia Municipal de maioria PSD, que a sancionou) pedindo transporte escolar para os que não tivessem possibilidades económicas, o certo é que a viatura não apareceu, apesar de os alunos terem aguardado em vão pela sua chegada.
"Se não houver transportes, não vão para a escola", referiu Rogério Aldeia, acompanhado do filho, junto à antiga Primária de Orbacém, agora encerrada -tal como a de Gondar- por possuir menos de dez alunos. "Por este andar, ainda vão a pé para a escola, atravessando a serra, à moda antiga", desabafou Alzira Cunha, de Gondar, uma mãe que recusa o abandono do Vale do Âncora e, para ir para um edifício como o de Dem, "também havia cá", acrescentou Lúcia Lourenço, salientando que "somos pobres" e sem meios para levar os filhos à escola. Amadeu Brito, presidente da Junta de Orbacém, confirma a entrega do abaixo-assinado dos pais, quinta-feira, tendo-o comunicado à Câmara, recebendo como resposta que "iam estudar o problema". Até ao fecho da edição, foi impossível contactar o vereador responsável.

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