Mediocridade do Ensino Superior alvo de críticas
0 Comments Published by . on quinta-feira, junho 01, 2006 at 12:09 da manhã.
O Processo de Bolonha pode estar a ser uma oportunidade perdida pelas instituições de ensino superior para se reformarem e adaptarem às exigências da globalização.
No segundo seminário do Debate Nacional de Educação, dedicado à Ciência e Tecnologia, vários oradores mostraram-se preocupados com a falta de debate em torno do Processo de Bolonha. Teresa Lago, directora do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, disse começar a acreditar que as instituições “não se conseguem auto-reformar, pois não houve debates: a palavra de ordem é cortar, cortar, cortar nos cursos que não são tradicionais”. A investigadora sugeriu que a tutela use a “técnica da catástrofe”, para alertar o meio universitário.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, respondeu, perante cerca de 50 especialistas, que “esse sebastianismo tem de ser combatido. A ideia de catástrofe é inibidora de acção racional a longo prazo”.
O governante frisou que “a reforma das instituições do Ensino Superior é necessária e está a fazer-se, com o Processo de Bolonha, com a avaliação internacional, com os protocolos com instituições estrangeiras”. Na óptica do governante, as instituições que se reformam “fazem-no porque as pessoas que estão à sua frente o querem. Tem de se acabar com a ideia pombalina de que o poder iluminado é que reforma”.
O ministro considerou que na Educação “é necessário pensar e contrariar a ansiedade de acção”, explicando que “nunca a necessidade de pensamento foi tão importante como agora, para tornar a acção mais realista, mais possível”. E lançou algumas pistas: “Portugal quer ou não a diversidade na escola? Uma escola prática, activa, oficinal?”
António Câmara, criador e director da Y-Dreams, criticou a “falta de formação para o empreendedorismo. Criou-se a mediocridade excelente nas universidades”. O ministro considera que a universidade “está repleta de medíocres como outras instituições”, reconhecendo que “carece de renovação nalgumas áreas e instituições”.
Os estudantes também foram criticados. António Dias Figueiredo, membro do Conselho Nacional de Educação, considerou que os alunos “estão acomodados, são mimados, temos de os convencer que não têm protecção, que têm que ser muito bons”. “O modelo do ensino secundário e superior é para criar empregados”. Mariano Gago referiu que “ser licenciado hoje é a melhor garantia contra o desemprego, sempre”.
No segundo seminário do Debate Nacional de Educação, dedicado à Ciência e Tecnologia, vários oradores mostraram-se preocupados com a falta de debate em torno do Processo de Bolonha. Teresa Lago, directora do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, disse começar a acreditar que as instituições “não se conseguem auto-reformar, pois não houve debates: a palavra de ordem é cortar, cortar, cortar nos cursos que não são tradicionais”. A investigadora sugeriu que a tutela use a “técnica da catástrofe”, para alertar o meio universitário.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, respondeu, perante cerca de 50 especialistas, que “esse sebastianismo tem de ser combatido. A ideia de catástrofe é inibidora de acção racional a longo prazo”.
O governante frisou que “a reforma das instituições do Ensino Superior é necessária e está a fazer-se, com o Processo de Bolonha, com a avaliação internacional, com os protocolos com instituições estrangeiras”. Na óptica do governante, as instituições que se reformam “fazem-no porque as pessoas que estão à sua frente o querem. Tem de se acabar com a ideia pombalina de que o poder iluminado é que reforma”.
O ministro considerou que na Educação “é necessário pensar e contrariar a ansiedade de acção”, explicando que “nunca a necessidade de pensamento foi tão importante como agora, para tornar a acção mais realista, mais possível”. E lançou algumas pistas: “Portugal quer ou não a diversidade na escola? Uma escola prática, activa, oficinal?”
António Câmara, criador e director da Y-Dreams, criticou a “falta de formação para o empreendedorismo. Criou-se a mediocridade excelente nas universidades”. O ministro considera que a universidade “está repleta de medíocres como outras instituições”, reconhecendo que “carece de renovação nalgumas áreas e instituições”.
Os estudantes também foram criticados. António Dias Figueiredo, membro do Conselho Nacional de Educação, considerou que os alunos “estão acomodados, são mimados, temos de os convencer que não têm protecção, que têm que ser muito bons”. “O modelo do ensino secundário e superior é para criar empregados”. Mariano Gago referiu que “ser licenciado hoje é a melhor garantia contra o desemprego, sempre”.
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