Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Antro de lixo e droga paredes-meias com escola

Os vidros partidos e as paredes grafitadas são a parte mais visível da degradação que representa o edifício vazio, contíguo à nova escola básica do segundo e terceiros ciclos, EB 2,3 - D. Martinho de Castelo Branco, em Portimão. A construção onde aquela escola esteve instalada anteriormente é agora motivo de preocupação para a comunidade escolar que se mostra chocada com a negligência a que as antigas instalações foram votadas.
Do currículo de visitas clandestinas às antigas instalações fazem parte incursões dos alunos pelos arquivos do estabelecimento , a par de alguns acidentes. O mais grave envolveu um jovem de 18 anos, que, a convite de um amigo ("grafiter" nos tempos livres), entrou com facilidade no recinto da escola porque, como recordou ao JN, "a vedação estava partida".
Alexandre Miguel contou que caiu desamparado quando a telha em que estava apoiado se partiu. Assistido primeiro no Hospital do Barlavento, seguiu de emergência para Coimbra onde permaneceu cerca de uma semana, com quase dois dias de coma pelo meio.
Refeito do acidente, garantiu ao JN que "no dia seguinte a vedação estava consertada". O amigo, conta, "deixou de grafitar porque também ficou assustado".
Mas outras lições resultaram do sucedido. "Aquilo já não estava bem há muito. As seringas abundavam e era local habitual de paragem de toxicodependentes". Segundo Alexandre Miguel, "o edifício não era uma boa vizinhança para a escola". "E continua a não ser, a começar pelo mau aspecto", sublinha.
Ana Arriaga, mãe de dois alunos daquele estabelecimento - e ela própria uma ex-aluna - partilha da preocupação geral. "Estes pré-adolescentes estão na idade da descoberta e um edifício assim provoca curiosidade. Agora não têm acesso ao interior, mas sabem que encontraram lá drogados e preservativos", explica.
Rui Correia e Rui Vilarinho, ambos alunos do 8.º ano, admitem que estiveram "dentro da escola antiga com vários colegas". "Andámos de skate, fomos à sala dos professores, mexemos nos arquivos e vimos chaves abandonadas. É uma irresponsabilidade. Apanhámos a transição de um edifício para outro e achamos que se desacautelaram aspectos importantes de segurança", referem.

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