Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Adiamento para Setembro da Linha SOS Professor

Previsto para este mês, o lançamento da linha telefónica SOS Professor, destinada a dar apoio psicológico a docentes vítimas de violência nas escolas, foi adiado para o início do próximo ano lectivo, anunciou hoje a Associação Nacional de Professores (ANP).
A associação promotora deste projecto decidiu adiar o lançamento por considerar que o problema da violência escolar tem uma dimensão maior do que inicialmente supunha.
"Depois de anunciarmos o lançamento da linha, dezenas de professores entraram em contacto connosco para relatar casos de violência ou para nos falarem da sua angústia profissional resultante do facto de se sentirem impotentes para reagir ou pôr termo à indisciplina e percebemos que o problema tinha uma dimensão mais preocupante do que pensávamos", explicou João Grancho, presidente da ANP.
A reportagem sobre violência escolar transmitida ontem à noite pela RTP, que mostra imagens de agressões entre alunos na sala de aula e infligidas por estes a professores, "veio confirmar a percepção da associação quanto à dimensão do problema".
Assim, a ANP "entendeu que era necessário reforçar os meios, o número de especialistas envolvidos no projecto e as áreas de intervenção", pelo que o lançamento desta linha telefónica foi adiado para o dia de abertura do próximo ano lectivo.
"Decidimos alargar o campo de actuação aos próprios alunos, aos pais e aos órgãos de gestão das escolas, ou seja, redimensionar todo o plano de intervenção que estava traçado", explicou João Grancho.
Inicialmente, a associação tinha pensado recrutar 15 pessoas para assegurar o funcionamento do SOS Professor, mas serão contactados mais especialistas, sobretudo psicólogos clínicos, psicólogos sociais e juristas, para que a linha telefónica possa funcionar em horário alargado, fora das horas de expediente.
"O principal objectivo é dar apoio psicológico, profissional e jurídico a professores que sejam vítimas de violência. Dar-lhes uma oportunidade de desabafar no final do dia para que encarem o dia seguinte com mais calma e dar-lhes meios para agir criminalmente contra o agressor, caso queiram fazê-lo", adiantou.
Segundo João Grancho, a ANP vai ainda promover campanhas de sensibilização nos meios de comunicação social e nos estabelecimentos de ensino para alertar para o problema da violência e indisciplina, apelando "a uma convivência pacífica nas escolas".
De acordo com dados do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação, referentes ao ano lectivo 2004/2005, registaram-se mais de 1200 casos de violência escolar nos estabelecimentos de ensino portugueses, que obrigaram um total de 191 alunos, professores ou funcionários a receber tratamento hospitalar devido a agressões sofridas nas escolas.
Actualmente, a política de segurança para os estabelecimentos de ensino assenta na "Escola Segura", um programa criado em 1996 e tutelado em conjunto pelos ministérios da Educação e da Administração Interna. Este programa consiste essencialmente na presença de polícias (PSP e GNR) no exterior das escolas e de seguranças no interior (habitualmente agentes reformados).

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