Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Escolas vão poder dar mais horas de Matemática

A partir do próximo ano lectivo, as escolas dos 2.º e 3.º ciclos do básico vão poder recrutar docentes para reforçar o ensino da Matemática. Mas não só. Para combater o insucesso à disciplina, as escolas vão poder ainda aumentar, temporariamente, a carga horária da turma, caso o considerem necessário. As medidas estão previstas no Plano de Acção para a Matemática, apresentado hoje pelo Ministério da Educação, e serão financiadas pela tutela.
O plano surge como uma tentativa de inverter o quadro negro dos resultados à disciplina. Basta pensar nas notas dos exames nacionais do 9.º ano a Matemática: 70% de negativas (ver página seguinte). O objectivo é criar "condições inovadoras para que as escolas assumam um papel principal neste desafio", de forma autónoma. Assim, caberá aos estabelecimentos de ensino e aos professores fazer um levantamento das notas dos alunos à disciplina no ano anterior, identificar as causas do insucesso, estabelecer metas de resultados e propor soluções, adaptadas a cada turma.
Estes dados, os recursos (materiais e humanos) necessários e os custos previstos devem ser apresentados pelas escolas ao ministério, sob a forma de projectos de melhoria de resultado. Para apoiar a execução destes planos - aprovados por uma comissão nomeada para o efeito - a tutela abrirá programas de financiamento, através de contratos- -programas com as escolas.
Das várias soluções possíveis, o ministério de Maria de Lurdes Rodrigues destaca três grandes eixos: "O reforço dos equipamentos de ensino com laboratórios de matemática, o reforço pontual e temporário das cargas horárias de turma (em função da necessidade) e o reforço excepcional dos docentes atribuídos a uma turma a Matemática."

Dois professores por turma
As hipóteses são múltiplas, mas, na prática, a escola pode propor, por exemplo, um regime de co-docência (ver caixa), em que dois professores podem dar aulas à mesma turma, caso se entenda necessário e o ministério concorde. Em todo o caso, e segundo Ramos André, adjunto da ministra, a contratação de docentes extras é uma solução "sempre temporária" e só se aplicará se não houver na escola professores suficientes para executar o projecto proposto.
É neste sentido que o regulamento prevê "o reforço do tempo dedicado ao trabalho no âmbito da disciplina" - e que poderá implicar a "afectação de outros docentes com formação adequada". Não só os diferentes professores do agrupamento de escola - nas componentes lectiva e não lectiva - mas também outros docentes de Matemática e "peritos externos ou instituições científicas que prestem apoio à execução ou avaliação do projecto".
As orientações da tutela resultaram de uma série de sugestões feitas por docentes, depois de um debate nacional que, segundo o ministério, envolveu todos os professores de Matemática e decorreu entre Outubro de 2005 e Março deste ano. Pelo caminho, no entanto, ficaram propostas de actuação rejeitadas pela tutela, como a da divisão das turmas.
O plano prevê ainda o lançamento de programas de formação contínua em Matemática para professores: não só para os do 1.º ciclo - como já aconteceu este ano - mas agora também para os do 2.º. Está ainda previsto o apoio à formação de docentes do 3.º ciclo e secundário.
As candidaturas ao apoio financeiro devem ser apresentadas até 28 de Julho. O acompanhamento de cada projecto ficará a cargo de um docente supervisor, nomeado pelo Gabinete de Avaliação Educacional.

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