Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Governo investe 11,8 milhões em Cursos Profissionais

A criação de 450 novos cursos profissionais em cerca de 180 escolas secundárias públicas, que permite sextuplicar a oferta actual, representa um investimento de 11,8 milhões de euros, financiados por fundos comunitários, anunciou hoje a ministra da Educação.
Os novos cursos, que dão equivalência ao 12º ano, vão abrir no próximo ano lectivo e abrangem, sobretudo, áreas relacionadas com os serviços e as tecnologias, explicou hoje Maria de Lurdes Rodrigues.
A ministra esteve hoje na assinatura de um protocolo de cooperação entre a Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e as OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, que visa a criação de um curso profissional de técnico de manutenção de aeronaves.
Este curso profissional, o primeiro do género em todo o país que arranca em Setembro naquela escola, pretende responder à carência de recursos humanos especializados sentida pelas OGMA, inserindo-se no projecto do Governo de adequar a oferta formativa dos estabelecimentos de ensino às necessidades dos agentes locais.
No âmbito do protocolo hoje celebrado, a empresa compromete-se a disponibilizar técnicos para assegurar uma parte da formação dos alunos que frequentarem o curso profissional de três anos e ainda a realizar estágios remunerados aos estudantes que o concluírem com uma classificação igual ou superior a 14 valores.
Para aumentar o nível de escolaridade e qualificação dos cerca de 600 trabalhadores da Indústria Aeronáutica que não concluíram o ensino básico ou secundário, esta parceria prevê ainda a abertura de um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) na escola secundária Gago Coutinho.


José Sócrates quer multiplicar exemplo de parceria nos próximos anos
Segundo o primeiro-ministro, José Sócrates, este protocolo é o melhor exemplo da política que o Governo quer seguir em matéria de educação e formação, com o objectivo de responder às necessidades das empresas e simultaneamente combater o insucesso e abandono escolares no secundário, que atingem 35 por cento dos alunos do 10º ano e metade dos estudantes do 12º.
"É exactamente isto que queremos fazer nos próximos anos, multiplicando este exemplo de parceria e articulação entre escolas, autarquias e empresas. Não queremos um programa genérico que se aplique a todo o país e a todas as empresas, mas antes desenhar uma solução flexível à escala local para que a resposta esteja à altura dos problemas", afirmou, na cerimónia de assinatura do protocolo.
Este projecto integra-se no programa Novas Oportunidades, desenvolvido no âmbito do Plano Nacional de Emprego e do Plano Tecnológico, que visa qualificar até 2010 um milhão de adultos que estão já inseridos no mercado de trabalho sem terem concluído o 9º ou 12º ano.
Para aumentar as qualificações destes trabalhadores, o programa prevê o alargamento da oferta de cursos de educação e formação de adultos nas escolas secundárias, de forma a abranger cerca de 350 mil activos até ao final da década.
Com o mesmo objectivo, o programa Novas Oportunidades estabelece igualmente o reforço do mecanismo de reconhecimento das competências adquiridas por parte dos trabalhadores ao longo da vida e nomeadamente através da sua experiência laboral.
Neste sentido, o programa desenvolvido conjuntamente pelos ministérios do Trabalho e da Educação prevê que mais de 650 mil pessoas obtenham uma certificação de competências até 2010, altura em que deverão passar a ser emitidos por ano 75 mil diplomas de equivalência ao ensino básico e 125 mil ao secundário.
"Nos próximos quatro anos vamos dar uma nova oportunidade a um milhão de pessoas que já estão a trabalhar, mas que saíram demasiado cedo da escola. Não desistiremos daqueles que cometeram um erro no passado e estão arrependidos, mas pensam que não há solução", garantiu hoje José Sócrates.
Actualmente, mais de dois terços dos cinco milhões de trabalhadores portugueses têm um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário e metade não concluiu, sequer, o 9º ano.

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