Estudantes de Coimbra defendem violência na praxe
0 Comments Published by . on quarta-feira, maio 24, 2006 at 12:14 da tarde.Um inquérito na Universidade de Coimbra revela que 32,3 por cento dos estudantes concordam com "actos de violência física ou simbólica" durante a praxe académica. O presidente da Federação Académica do Porto (FAP) está surpreendido com os resultados e frisa que na Universidade do Porto as práticas violentas são condenadas.
"Surpreendem-me estes resultados porque as práticas de violência são conde nadas pela nossa academia", frisou Pedro Barrias.
Os resultados do inquérito, a que responderam 2819 alunos de Coimbra, hoje revelados pelo "Jornal de Notícias", mostram também que 28 por cento dos alunos não concordam que a praxe seja "facultativa", números que também surpreenderam Pedro Barrias, que defende que a praxe deve ser "facultativa e voluntária".
"Fico surpreendido [por] estudantes em plena consciência considerarem que a praxe deve ser obrigatória, quando se trata de uma recepção a novos alunos na vida universitária que deve ser partilhada por todos e não deve ser imposta a ninguém", comentou o presidente da FAP.
Quanto ao facto de 80 por cento dos estudantes de Coimbra inquiridos se dizerem favoráveis à discriminação sexual e recusarem qualquer revisão do código da praxe que iguale os direitos de homens e mulheres, Pedro Barrias preferiu não comentar estes números por se tratar de uma questão muito específica, que depende de cada conselho de veteranos.
Este órgão é específico de cada instituição e define as suas próprias regras relativamente aos procedimentos a ter durante a praxe. Afirmou, no entanto, que no Porto não existe um código de praxe mas sim um conjunto de regras transmissíveis oralmente.
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