Viseu troca pequenas escolas por centros educativos
0 Comments Published by . on terça-feira, maio 23, 2006 at 12:30 da manhã.ACâmara Municipal de Viseu (CMV) quer acabar com as pequenas escolas, com poucos alunos e recursos precários, e substituí-las por centros ou unidades educativas de excelência. O presidente da Autarquia, Fernando Ruas, reconhece que a centralização no sector pode ser "vantajosa" e já deu instruções às 34 juntas de freguesia do concelho para que identifiquem as 'escolas-mãe' que, a prazo, irão concentrar todos os alunos dos estabelecimentos de ensino a desactivar.
"O fecho de pequenas escolas pode ser benéfico, para todos, desde que as situações sejam analisadas caso a caso", explicou Fernando Ruas.
Segundo o autarca, a ideia passa pelo levantamento exaustivo da situação em que funcionam os estabelecimentos de ensino, em cada freguesia, e pela identificação daqueles que, num processo de reorganização do parque escolar, possam assumir um papel de maior relevo. Admite, inclusive, que algumas freguesias, pela sua dimensão, possam ficar com mais do que uma 'escola-mãe'.
"Vamos definir a forma de centralizar as escolas, com uma certeza o limite dessa concentração serão as freguesias", afirmou. "É uma excelente ideia. Um centro escolar, dotado de todas as condições pedagógico-didácticas, pode ser muito importante para alunos e professores", reconheceu José Ernesto, presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Sá, que com uma única escola no seu território espera vê-lo transformado num centro de ensino e aprendizagem dotado dos melhores recursos técnicos e humanos.
Com sete escolas, dispersas, a Junta de Freguesia de Bodiosa não recusa a ideia concentracionista, desde que, como alvitrou Fernando Ruas, "os casos sejam estudados um a um".
"Penso que vamos ter tempo para fazer alguma pedagogia, juntos dos habitantes, no sentido de os sensibilizar para as vantagens de ter uma ou duas boas escolas em lugar de meia dúzia", declarou o presidente Fernando Neiva.
"Tinha cinco estabelecimentos de ensino, mas dois já fecharam. Concordo com a ideia de concentrar tudo num único edifício, desde que o mesmo tenha refeitório, biblioteca, espaços para tempos livres e outros equipamentos. Temos de fazer uma coisa com cabeça tronco e membros e não esquecer o transporte dos miúdos", avisou Joaquim Polónio, autarca de Cota.
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