Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Prescrições podem afastar 1800 alunos da universidade


Há 1800 alunos da Universidade de Coimbra em risco de ser afastados do ensino público, no próximo ano lectivo, por falta de aproveitamento escolar. O número foi avançado pelo presidente da Associação Académica de Coimbra, Paulo Fernandes, na assembleia magna de anteontem, quando se discutia o regime de prescrições da Lei do Financiamento do Ensino Superior, que o Governo de Durão Barroso fez aprovar, em 2003.
Esse regime entrou em vigor, sem efeitos rectroactivos, em 2004/2005, pelo que o próximo ano lectivo será o primeiro em que haverá alunos impossibilitados de se matricular. Exemploum aluno de Economia que frequenta um curso de quatro anos e já chumbou dois não pode chumbar mais, sob pena de ser "impedido de se candidatar de novo a esse ou a outro curso nos dois semestres seguintes", estabelece a lei.
João Gabriel Silva, presidente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), equaciona o problema em termos de créditos ECTS (créditos de Bolonha) "A lei diz que os alunos só podem fazer a quarta inscrição se tiverem 60 créditos [um ano de estudos] dos primeiros três anos".

Nas contas finais, um curso de cinco anos permite três chumbos e um de quatro permite dois.
Os alunos afastados no próximo ano lectivo podem reingressar na universidade em 2008/2009. A partir daí, a lei é omissa, mas a interpretação que se faz, segundo João Gabriel, é que o aluno volta a poder chumbar "Depois da suspensão cumprida, recomeça a contagem", afirma.
A FCTUC tem autonomia administrativa e, há mais de meio ano, os seus serviços académicos enviaram cartas a 500 alunos em risco, avisando-os de quantos créditos precisavam para prosseguirem os estudos no próximo ano lectivo. Silva espera que só sejam afastados 100 a 150 alunos.
Nas outras faculdades, os alunos foram avisados, pelos serviços académicos centrais, há cerca de uma semana. O JN soube do exemplo de um aluno de Economia que se inscreveu nos exames que estão à porta para fazer 20 unidades de crédito, e que recebeu, entretanto, uma carta a avisá-lo de que precisava de 21,5 para se poder matricular em 2007/2008.
Os alunos da Universidade de Coimbra reunidos em Assembleia Magna, anteontem à noite, decidiram criar um gabinete de apoio a estudantes em risco de prescrição, para reivindicar, junto da reitoria, a criação de uma época especial de exames para esses estudantes. Para trabalhadores-estudantes, por exemplo, há a época de exames de Setembro, além de condições especiais no regime de prescrições, da Lei de Financiamento. "A lei é totalmente cega à possibilidade do estudante se explicar e merece da nossa parte um repúdio completo", comentou João Pena, da Associação Académica de Coimbra, citado na versão electrónica do jornal universitário 'A Cabra'.

1 Responses to “Prescrições podem afastar 1800 alunos da universidade”

  1. # Blogger Unknown

    Isto também se aplica aos Estudantes/Trabalhadores? Três chumbos numa Licenciatura implicará impossibilidade de nova matricula?  

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