Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Foi um «insulto ao primeiro-ministro»...

A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) reafirmou esta quarta-feira que o inquérito instaurado a um professor foi originado por um insulto ao primeiro-ministro, feito dentro das instalações daquele organismo.
A directora regional entende que é inadmissível que um professor se expresse nos termos em que aquele o fez, seja sobre o primeiro-ministro ou sobre qualquer outra pessoa”, refere um comunicado divulgado esta manhã no Porto.
Neste documento, a DREN insiste que o insulto em causa não tem absolutamente nada a ver com anedotas ou a licenciatura do primeiro-ministro, mas não esclarece o teor do que entende ter sido um insulto a José Sócrates.
O comunicado surge na sequência de informações que têm vindo a ser veiculadas pela comunicação social nos últimos dias, que, na perspectiva da DREN, criaram na opinião pública a ideia de que se trata de um caso de perseguição política a alguém que teria contado uma anedota relacionada com a licenciatura do primeiro-ministro.
O caso ocorreu em finais de Abril, culminando com a instauração de um inquérito e a suspensão preventiva de Fernando Charrua, ex-deputado do PSD e funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte há cerca de duas décadas.
Numa carta enviada na altura a várias escolas, Fernando Charrua admitiu ter feito um «comentário jocoso a um colega, dentro de um gabinete», acrescentando que o referido comentário foi «retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente». Segundo Fernando Charrua, esse comentário foi «maldosamente pintado de insulto» e levado à directora regional, originando um processo disciplinar e a suspensão preventiva, entretanto já levantada.
A frase que terá originado a decisão da directora Regional de Educação do Norte ainda não foi divulgada oficialmente, mas o Correio da Manhã, na edição de hoje, citando uma fonte oficial não identificada refere que a polémica terá sido provocada pela frase «Estamos num país de bananas, governado por um filho da... de um primeiro-ministro».

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