Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Turma de escola de Rio Tinto já perdeu 35 aulas de Francês


Este ano lectivo, era a primeira vez que os alunos da turma F do 7º ano da Escola EB 2/3 de Rio Tinto, em Gondomar, iam ter Francês. Porém, a meio do segundo período, já tiveram mais "furos" do que aulas. A professora que lecciona a disciplina faltou, até ao momento, 35 vezes. Indignados e preocupados, os pais já reuniram com a escola, já escreveram à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) e até enviaram uma carta à ministra da Educação. Sem sucesso.
Ontem de manhã, os pais continuavam à espera de uma solução. Contactada pelo JN, a presidente do conselho Executivo da escola, Judite Preto, escusou-se a prestar declarações, alegando não estar autorizada. A responsável adiantou, contudo, que o concurso para preencher o lugar da professora fechou anteontem e que, agora, vão ser analisadas as propostas. "A situação vai ser resolvida imediatamente", afirmou.
Depois de a docente de Francês ter faltado a 40% das aulas no primeiro período e "nem sequer ter aparecido no segundo", os pais dos alunos já não acreditam que seja possível recuperar o tempo perdido. "Estão praticamente a zero", refere Pedro Barata, representante dos pais daquela turma.
O porta-voz dos encarregados de educação do 7º F acusa o Conselho Executivo da escola de "má vontade em solucionar o problema". Pedro Barata conta que chegou a ser aberto um concurso para preencher a vaga da professora ausente (que também lecciona Português). No entanto, "a vaga colocada a concurso tinha o código para a docência de Português e não para a de Francês". O responsável diz que a direcção da escola tem "um braço de ferro com a ministra. Por isso, querem delegar nos pais a resolução do problema".
Manuela Moreira, vice-representante dos pais da turma em causa, corrobora "A presidente do Conselho Executivo diz que a ministra ouve mais depressa os pais do que os professores".
Enquanto a situação não se resolve, os 27 alunos continuam sem Francês e nos "furos" são distribuídos pela biblioteca, sala de estudo e sala de tecnologias. "Quando estão vagas, se não vão brincar", explica Manuela Moreira, garantindo que a turma nunca teve aulas de substituição, como está previsto na lei.

Representante dos pais da turma 7ºF
A professora de Francês está de baixa médica, mas não é isso que está em causa. O que não compreendemos é que a direcção da escola, a DREN e o Ministério da Educação não tenham condições para colmatar a falta de uma professora"

Vice-representante dos pais da turma 7ºF
Nunca houve aulas de substituição. Os alunos são distribuídos pelas salas de estudo e de tecnologias e pela biblioteca da escola, quando há vagas, se não vão brincar. É uma turma com alguns casos complicados e isto só vem piorar"

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