Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Alunos sem cadeiras no reinício das aulas

Crianças tiveram aulas sentadas no chão, durante quase toda a manhã de ontem. Camião tinha o mobiliário escolar, mas ninguém quis descarregá-lo
Na porta da escola estava estacionado um camião cheio de carteiras e cadeiras. Lá dentro, 106 crianças tinham aulas sentadas no chão. O caso aconteceu ontem, em Sernancelhe, e marcou o auge da "guerra" entre a autarquia e o Ministério da Educação (ME), que teve início há um ano com o encerramento "precipitado" de 17 das 21 escolas do 1.º Ciclo do concelho.
Os alunos chegaram manhã cedo, mas as salas da Casa da Criança - um edifício que os acolherá enquanto é construída a nova escola - estavam vazias. Os quadros de lousa preta, as carteiras, cadeiras e o resto do material didáctico, vindo da escola que foi demolida há cinco dias, estavam num camião parado à porta.
A polémica estalou e o ambiente entre os pais aqueceu, quando souberam que a Câmara se recusava a descarregar o mobiliário e os serviços do ME também. O braço-de-ferro durou mais de três horas, sempre com as crianças a ter aulas sentadas no chão. Só acabou ao fim da manhã, depois do ME ter contratado uma empresa que instalou o mobiliário escolar nas salas da Casa da Criança.
Antes, ouviram-se apupos ao presidente da Autarquia, que foi ao local tentar acalmar os pais. Não o conseguiu, porque a ira estava ao rubro. "Mentiroso, mentiroso", ecoava na sala. "Se ele teve capacidade e autoridade para tirar os móveis da escola que demoliu, também tem para os instalar aqui agora", protestava uma mãe com o dedo apontado ao presidente da Câmara de Sernancelhe, José Mário Cardoso. O autarca ouviu e reagiu com o fax que recebera do ME no dia anterior.
"Informaram a Câmara de que a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) teria aqui hoje uma equipa para descarregar o mobiliário escolar do camião. Afinal, não está cá ninguém. Eles é que mentiram", respondeu José Mário Cardoso. Uma fonte do ME explicou ao "Jornal de Notícias" que a "equipa" referida no fax esteve sempre no local. "Estiveram lá responsáveis locais e regionais da tutela, não para descarregar o camião, mas para ultimar o necessário e garantir que as aulas decorressem com normalidade", disse a mesma fonte.
"O trabalho de instalação do mobiliário, esse seria sempre da competência da autarquia e não do Ministério da Educação", acrescentou.

Encarregada de educação
Andam a brincar connosco, não se admite. E o pior é que quem sofre mais são os nossos filhos. Isto pode marcá- -los para toda a vida. O processo de transferência da escola velha para a Casa da Criança foi de uma incompetência total. É lamentável que isto tenha corrido tão mal.

Encarregada de educação
É uma vergonha o que se passou aqui hoje. Nunca imaginei ver as crianças a ter aulas sentadas no chão. Foi vergonhoso. A Câmara podia e devia ter evitado isto tudo. É a principal culpada pelo sucedido. O presidente esteve cá mas fugiu logo a seguir. Teve medo de enfrentar os pais.

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