Governo gasta nove milhões de euros para melhorar notas a Matemática
0 Comments Published by . on segunda-feira, setembro 11, 2006 at 2:02 da manhã.A crise dos números vai ser combatida com milhões. O Ministério da Educação vai financiar, com nove milhões de euros partidos em três anos, a maioria dos projectos apresentados pelas escolas no âmbito do Plano de Acção para a Matemática para os 2.º e 3.º ciclos. O reforço dos equipamentos e a criação de equipas de dois docentes por turma foram os principais pedidos das escolas à ministra. Maria de Lurdes Rodrigues, que hoje faz o balanço público deste concurso, aprovou cerca de 900 dos mil projectos apresentados.
"Apenas 20 foram liminarmente rejeitados e cerca de uma centena serão ainda discutidos com a tutela", disse ao DN fonte oficial. "A negociação dos contratos-programa que permitirão desenvolver estes projectos estará terminada durante o primeiro período escolar, mas mais de uma centena de projectos estão prontos para assinatura imediata."
Os 998 projectos candidatos seguiram as indicações da ministra, que em Junho apresentou o plano, explicando que as escolas poderiam elaborar um projecto para contrariar o insucesso a Matemática - nos exames nacionais do 9.º ano, 64% dos alunos tiveram negativa, o que significou uma ligeira melhoria em relação a 2005, em que houve 70% de negativas. Entre as soluções possíveis, o ministério destacava três grandes eixos: "O reforço dos equipamentos com laboratórios de matemática, o reforço pontual e temporário das cargas horárias das turmas (em função da necessidade) e o reforço excepcional dos docentes atribuídos a uma turma." A contratação de docentes acabou por ser uma das soluções menos requeridas. "Menos de 15% das escolas pediram o reforço de pessoal."
Apesar de não conhecer os planos, a presidente da Associação de Professores de Matemática, Isabel Rocha, considera que "o tempo que as escolas tiveram para os conceber foi pouco". De resto, "muitas pediram ajuda à associação para os elaborar". Para Isabel Rocha, "é evidente que, se forem todos postos em prática, tem de haver apoio e acompanhamento da implementação dos projectos".
Mas a porta-voz dos professores de Matemática faz uma crítica: "Falta uma integração do plano num contexto de formação contínua dos docentes." Na sua opinião, "é difícil que os professores façam alguma coisa muito diferente com a mesma formação". É preciso formá-los "na componente científica e didáctica, dar-lhes outras formas de trabalhar com os alunos", alerta Isabel Rocha. Segundo fonte oficial, "numa primeira fase, a formação para os professores do 2.º ciclo será indispensável. Está prevista e avançará. O terceiro ciclo terá de esperar."
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