Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Escolas vão oferecer comida mais saudável

A alimentação oferecida pelas escolas pode mudar radicalmente ainda este ano lectivo. O Ministério da Educação vai definir orientações relativamente aos produtos que os estabelecimentos devem disponibilizar nos bares e máquinas de venda automática. As novas regras para uma alimentação saudável excluem fritos, batatas de pacote ou rebuçados e condicionam a oferta de chocolates, bolos e gelados. Numa segunda fase, surgirão recomendações para as ementas das cantinas.
Estas orientações - avançadas em primeira mão pelo DN em Abril - resultam de um trabalho da Direcção- -Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, em parceria com entidades como a Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) e a Associação Portuguesa de Nutricionistas. São, diz Bela Franchini, da FCNAUP, "um conjunto de recomendações, porque nesta primeira fase não vale a pena proibir".
De acordo com um elemento do grupo de trabalho, existe vontade política para avançar ainda este ano lectivo com as novas regras nas escolas. Ramos André, adjunto da ministra da Educação, recusa, contudo, adiantar timings. Este responsável confirma que o Governo vai promover iniciativas para reduzir conteúdos de açúcar, bem como criar uma alimentação nutritiva e equilibrada nas escolas.
Além disso, faz questão de frisar que este será "um esforço continuado" que exigirá um forte empenhamento dos pais. Uma opinião partilhada por Maria José Viseu, presidente da Confederação das Associa- ções de Pais, para quem "terá de haver sintonia entre o que a escola faz e os pais permitem em casa".
Mas a sensibilização da comunidade - leia-se encarregados de educação - é a parte mais difícil, concorda Maria José Viseu. Por isso, defende uma forte campanha, que alerte para os perigos de uma alimentação desajustada e para os riscos da obesidade. As grandes cadeias de fast food, considera, poderiam ser convidadas a participar.
A Confap foi uma das entidades convidadas a participar no grupo de trabalho que elaborou as normativas e uma das propostas que avançou foi a substituição dos produtos oferecidos pelas máquinas de venda automática. Por exemplo, que os refrigerantes sejam substituídos por sumos naturais.
Uma proposta que está prevista no conjunto de normativas a dar às escolas. A ideia deste documento, explica Bela Franchini, é aumentar a oferta de hidratos de carbono complexos, vitaminas e minerais, ao mesmo tempo que são diminuídos os produtos com lípidos e açúcares simples.
As orientações vão ainda no sentido de promover o consumo da fruta (em peça, sumos ou batidos), o pão de mistura (com recheio de queijo, fiambre e carne assada, enriquecido de produtos hortícolas), leite meio gordo e iogurtes.
Alguns produtos, como refrigerantes (com menor teor de fruta), bolos ou gelados, serão condicionados, mas não proibidos. É o caso dos chocolates (oferecidos em unidades pequenas e os que tiverem mais leite e cacau e menos açúcar) e gelados (não disponibilizando os de água). A proibir só mesmo as batatas fritas e produtos semelhantes, folhados e fritos, como rissóis ou croquetes.
Numa segunda fase, deverão avançar as recomendações para as cantinas escolares. Neste ponto, explica Bela Franchini, o maior problema está "nos métodos culinários", que abusam das frituras. Para além de trabalhar este problema, as orientações que serão elaboradas com vista às ementas escolares vão ainda abordar a aquisição dos produtos e estabelecer uma sobremesa prioritariamente à base de fruta.

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