Professoras Desesperadas

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Universidade de Coimbra cessa protocolo com a Câmara

O reitor Seabra Santos anunciou, ontem, que deixou de "fazer sentido" a Universidade de Coimbra (UC) manter o protocolo de colaboração com a Câmara de Coimbra sobre o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). A cessação do protocolo surge na sequência da proposta da Autarquia de rever esse protocolo e reduzir a metade o seu apoio, de 60 mil euros por ano, à maior sala de espectáculos da cidade.
A proposta foi feita depois de, em 2005, o vereador da Cultura, Mário Nunes, ter classificado o protocolo do TAGV como "lesivo" dos interesses da Câmara. Mas a Universidade, proprietária do Gil Vicente, ainda fez uma contraproposta. Aceitava que o Teatro só recebesse 30 mil euros este ano, atendendo às dificuldades financeiras da Câmara, mas sugeria que o mesmo, nos restantes três anos de vigência do protocolo, voltasse a ser apoiado com 60 mil euros. Contudo, em finais de Maio, a autarquia comunicou à UC que não aceitava os termos da contraproposta.
"Não tendo sido possível chegar a acordo, entende a UC que deixa de fazer sentido a existência do protocolo com a Câmara", reagiu, ontem, publicamente, o reitor..
Apesar das tentativas de contacto, não foi possível obter qualquer reacção de Mário Nunes, nem do presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação.
Já o director do TAGV, Manuel Portela, disse-se "surpreendido" com a inflexibilidade da Autarquia, estando em causa a principal sala de espectáculos do concelho. Informou, também, que a Câmara ainda deve 85 mil euros ao Teatro 30 mil euros do subsídio de 2005; 50 mil relativos à última edição do Festival José Afonso; e cinco mil do Dia da Criança. Por outro lado, notou que, segundo o protocolo celebrado em Junho de 2002, a Câmara podia realizar no TAGV seis espectáculos por ano, mas, em 2005, promoveu 34.
Apesar da posição assumida pela UC, o reitor diz que o TAGV estará aberto a "parcerias pontuais" com a Câmara. E afirma, no final do seu comunicado, que a cessação do protocolo "não põe minimamente em causa as amistosas e produtivas relações de colaboração" entre a UC e a edilidade. Quanto ao financiamento do TAGV, Seabra Santos disse que a UC garantirá, já em 2006, "uma dotação orçamental extraordinária de compensação, que permita à direcção do Teatro manter a dignidade e a regularidade da sua programação".

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