Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Críticas a algumas provas marcam exames nacionais

A primeira fase dos exames nacionais, que chegou ontem ao fim, fica marcada pelas críticas à formulação de certas provas, como a Matemática B e Química (12.º ano), Física-Química (11.ºano) e Português (9.º ano). Excessiva exigência e erros de formulação são os problemas apontados a estas provas por especialistas do sector, que avisam que podem surgir resultados excepcionalmente maus.
Depois de a prova de Química do 12.º ano (642) ter sido criticada pela associação de professores desta disciplina, que identificou questões alegadamente mal formuladas e dados anómalos, ontem foi a vez de surgirem objecções à prova de Física-Química do 11.º (715).
Segundo disse ao DN Anabela Martins, da Sociedade de Professores de Física, o problema deste exame "não está nas questões, mas nos critérios de classificação" das mesmas, definidos pelo Ministério da Educação (ME), que "podem levar a que um aluno de 16 valores fique com 12" na nota final.
Esta professora, uma das que fazem correcções das provas para o ME, considera que os critérios atribuem um peso excessivo, "entre 40 a 75%", a determinados vectores de algumas perguntas, desvalorizando o esforço do estudante noutros aspectos: "Com estas regras, um aluno excelente, que faz os cálculos todos e chega a um resultado correctíssimo, ainda pode perder 75% da cotação", avisou.
Já na semana passada, a Associação de Professores de Matemática (APM) tinha feito duras críticas à prova B desta disciplina do 12.º ano (735), considerando que esta "contraria completamente os princípios" do programa e pode conduzir a "resultados desastrosos e injustos", condicionando mesmo a "futura prática da disciplina".
Contactada pelo DN, Glória Ramallho, presidente do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), a entidade do ME responsável pela elaboração das provas, desvalorizou as críticas, lembrando que "todos os anos" surgem "opiniões divergentes: "Até agora não temos tido situações gravosas", garantiu. "O que acontece este ano de diferente é que este ano há muitas provas com programas novos. É natural que as reacções sejam mais frequentes", explicou. " Se considerássemos que havia situações prejudiciais para o aluno, nós próprios diríamos isso."
Porém, as críticas aos exames não se ficam pelo secundário. Também as provas de Português do 9.º ano foram alvo de críticas de vários professores. Um docente que contactou o DN identificou mesmo um erro numa pergunta (e na respectiva proposta de correcção) em que duas palavras primitivas: "Deformação"e "Adormecer" eram identificadas como palavras derivadas por sufixação. No mesmo exame, gerou polémica o pedido de elaboração de uma carta, em que os alunos acabaram por escrever dados identificativos proibidos.
O absentismo foi outro destaque negativo da primeira fase de exames (19 de Junho a 3 de Julho). No 9.º ano foram poucas as faltas, mas nas provas do secundário, até à passada sexta-feira, foram confirmadas mais de 101 mil ausências em 514 540 exames. Os resultados serão divulgados dia 13 deste mês. A segunda fase das provas decorre entre os próximos dias 19 e 25, surgindo as pautas no dia 4 de Agosto.

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