Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Alunos portugueses vão entrar em contacto com cientistas na Antárctida

Alunos das escolas portuguesas vão poder colocar questões, através da Internet, aos cientistas que no próximo ano lectivo participarão numa expedição à Antárctida, no âmbito de um programa educativo para celebrar o Ano Polar Internacional.
"Latitude60!" é o nome do programa, destinado aos alunos de todas as escolas do país, que um grupo de cientistas das universidades de Lisboa e do Algarve decidiu lançar para comemorar o IV Ano Polar Internacional, que se celebra entre Março de 2007 e 2009.
O cientista Gonçalo Viera, um dos responsáveis do "Latitude60!", que desde Janeiro coordena uma equipa de investigadores na Antárctida, revelou pormenores sobre o "Pergunta a um cientista polar?", um dos projectos que deverão ser lançados no próximo ano lectivo.
Durante a campanha que se vai realizar no próximo Inverno, "os alunos das escolas podem questionar, via net, os investigadores portugueses que estão na Antárctida e vão responder quase em tempo real", explicou o cientista, que este ano vai coordenar de Portugal a equipa.
No âmbito do programa levado a cabo pelo Comité Português para o Ano Polar Internacional, os alunos poderão ainda receber a visita nas escolas de cientistas que aparecerão equipados com o "pacote do material usado nas campanhas: tenda, roupa e muitas outras coisas que são necessárias para se poder trabalhar nos pólos", indicou o investigador.
Mostrar o que se passa ao nível das mudanças no clima, na criosfera, nos ecossistemas, nos hábitos de vida dos povos polares, e as consequências que estas regiões têm para o resto do planeta serão alguns dos assuntos focados pelos investigadores.
Durante o Inverno está ainda previsto que um grupo de alunos possa passar uma semana no campo, na Serra da Estrela, com cientistas polares. No entanto, a maioria dos projectos só poderá arrancar caso os professores estejam motivados para o tema e, por isso, o Comité Português para o Ano Polar programou para quarta-feira o lançamento do programa "Latitute60!", sessão que está prevista ser repetida em várias regiões do país.
"Vamos aproveitar o início do ano lectivo para tentar cativar os professores para que centrem as suas actividades extra-curriculares na temática" destes países, explicou o investigador.
Os cientistas vão ainda lançar uma plataforma na Internet para realizar reuniões quinzenais online com os professores, para que estes possam tirar dúvidas ou apresentar sugestões.
O lançamento de jornais escolares, exposições, peças de teatro, concursos de textos e relatórios científicos são outras das iniciativas que os investigadores esperam ver acontecer nas escolas portuguesas.
"Portugal tem vivido de costas voltadas para as regiões polares e consideramos que é importante ensinar às gerações mais novas a importância das regiões frias para o nosso planeta", disse o cientista.
Gonçalo Vieira espera que no final do programa "a opinião pública esteja sensibilizada para a importância de Portugal assinar o Tratado da Antárctida".
O Tratado da Antárctida, em vigor desde 1961, definiu que esta região seria usada somente para fins pacíficos, com liberdade de pesquisa científica e promoção da cooperação internacional no continente.
Nestas regiões está também proibida qualquer actividade de natureza militar, explosões nucleares, deposição de resíduos radioactivos, havendo a obrigação de preservação do ecossistema antárctico.

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