Psicose das comichões chegou a Alpendurada
0 Comments Published by . on quarta-feira, junho 07, 2006 at 12:32 da manhã."Às vezes era melhor dar na televisão um filme de sexo do que os Morangos com Açúcar". O desabafo de uma encarregada de educação quebrou, por momentos, a tensão de um conjunto de mulheres preocupadas em saber do estado de saúde dos filhos que frequentam aquela escola.
Os Bombeiros do Marco "disseram que estavam a acudir a incêndios e não podiam cá vir. Houve um pai que se exaltou", explicou, ao JN, Estela Freitas, presidente do Conselho Executivo da escola, atribuindo o alarido ao facto de, àquela hora, não estar na escola por afazeres na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN).
A situação é de tal modo corriqueira nas escolas que a própria DREN emitiu uma circular, a 18 de Maio, alertando os conselhos executivos para a "situação psicológica" (assim identificada por um técnico do Instituto Nacional de Emergência Médica) das alergias normais nesta altura do ano, "não havendo lugar para alarme".
A situação, segundo a docente, acabaria ontem por ser empolada quando os alunos começaram a telefonar para o exterior. Cerca das 16 horas, os queixosos estavam isolados na sala de convívio à espera da delegada de Saúde. Os restantes continuavam em aulas. No inquérito, os relatos eram sobretudo de "comichão nos braços e pernas, e dores de cabeça".
O facto desta semana ficar marcada pela realização de testes pode explicar o "surto". Um outro expediente também usado pelos alunos nesta altura do ano para não ter aulas são as ameaças de bomba. Foi o que aconteceu no ano passado e valeu um castigo aos envolvidos na farsa. Agora, os pais zangados pediram idêntico castigo, até porque alguns alunos, depois da directora da escola lhes ter dito que iriam levar uma injecção, apressaram-se a dizer que a "comichão já tinha passado".
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