Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Protecção de jovens do Montijo analisou 361 casos

"Olá, eu sou o Manuel, tenho 10 anos e vivo com a minha mãe. A minha casa está sempre muito suja e corre perigo de ruir. Aqui há muitos bichos. Não tenho lugar para estudar, nem posso trazer os meus amigos para brincar". Foi assim que começou a apresentação do relatório da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montijo, que, ontem se realizou pela primeira vez.
Segundo Perpétua de Jesus, presidente da comissão, a ideia surge com o objectivo de envolver a comunidade e permitir a "desmistificação sobre o trabalho dos técnicos criada pela forma como a comunicação social trata estes temas".
Criticas à parte, dizem as estatísticas que em 2005 a CPCJ de Montijo trabalhou com 361 crianças e jovens, 163 dos quais que transitaram do ano anterior, enquanto 157 são novos processos e 41 de processos reabertos.
As problemáticas identificadas com mais frequência estão relacionadas com casos de negligência e de absentismo escolar. O indivíduos do sexo masculino a lideram, por outro lado, os casos em estudo.
O relatório diz ainda que as medidas aplicadas se resumem ao apoio junto dos pais e ao encaminhamento das crianças para instituições de acolhimento, tendo em conta a forte carência de serviços, instituições de acolhimento e de projectos de acompanhamento directo às famílias. O desafio passa ainda por informar a comunidade, tendo em conta o deficiente envolvimento das populações na protecção dos direitos da criança.

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