Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Funcionários do centro educativo de Elvas em vigília contra possível encerramento

Os trabalhadores do Centro Educativo de Vila Fernando, em Elvas, vão realizar hoje à tarde uma vigília de protesto contra o eventual encerramento da instituição, que acolhe 22 jovens com problemas de integração na sociedade.
O protesto vai decorrer entre as 18h00 e as 24h00 em frente às instalações do centro, por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública.
O dirigente sindical Francisco Gilsa explicou à Lusa que os trabalhadores querem "chamar a atenção do Governo para as condições precárias de trabalho no centro" e evitar um eventual encerramento da instituição, que emprega 56 pessoas.
"Há vários meses que os serviços da Segurança Social não encaminham jovens para a instituição para depois justificarem o seu encerramento com a baixa taxa de ocupação", disse.
Na opinião do sindicalista, o Centro Educativo de Vila Fernando "está em morte lenta".
Na instituição trabalham 56 pessoas, "famílias inteiras que poderão enfrentar o desemprego num futuro próximo", advertiu Francisco Gilsa.
"Poderá ser uma situação terrível, existem aqui várias famílias que dependem da instituição, que é a principal entidade empregadora da freguesia de Vila Fernando", sublinhou.
A laborar em regime semi-aberto e fechado, o Centro Educativo de Vila Fernando acolhe actualmente 22 jovens com problemas de integração na sociedade.
Trata-se, segundo o sindicalista, de "uma média elevada de ocupação" e também "uma enorme responsabilidade para quem lida com os jovens".
De acordo com uma proposta técnica do Instituto de Reinserção Social, cinco dos 12 centros educativos existentes no país "não têm condições para se manterem abertos".
A instituição considera inviáveis os centros de Vila Fernando (Elvas), São Fiel (Castelo Branco), Dr. Alberto Souto (Aveiro), São Bernardino (Peniche) e São José (Viseu).
Em causa estão vários factores, como os custos elevados, a incapacidade de redimensionamento e a distância excessiva entre os centros e a família, segundo aproposta do Instituto de Reinserção Social.
Segundo o mesmo documento, o Estado gasta 16,2 milhões de euros por ano para manter em funcionamento os 12 centros educativos de jovens delinquentes do Instituto de Reinserção Social.
De acordo com o instituto, trata-se de "um número elevado", já que nessas instituições estão apenas 271 menores (254 rapazes e 17 raparigas). O que equivale a dizer que cada menor custa ao Estado 60 mil euros por ano.
Nos 12 centros - dez masculinos e dois femininos - trabalham 590 funcionários, o que significa que existem, em média, 2,1 funcionários para cada jovem.

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