Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Exames Nacionais: "Gaffe" na língua portuguesa

A directora do Júri Nacional de Exames (JNE), Elvira Florindo, confirmou ontem ao DN que deu instruções às escolas para que os alunos "riscassem" elementos de identificação que estavam a incluir nas provas de Português do 9.º ano.
À parte a primeira página, que não chega às mãos dos responsáveis pelas correcções, não podem ser incluídos quaisquer dados identificativos nos exames. No entanto, o Grupo III do exame, que pedia a elaboração de uma carta ao director-geral da UNESCO, confundiu muitos alunos.
É que as regras formais da elaboração de cartas, ensinadas aos alunos, prevêem que o texto comece com o local e a data da sua emissão. Dados considerados passíveis de identificar o estudante. O enunciado pedia aos alunos que não assinassem a carta, mas não referia outras restrições.
Glória Ramalho, directora do Gabinete de Avaliação Educacional, entidade responsável pela elaboração dos exames, considerou não haver "qualquer problema" na referência a local e data, e atribuiu a situação ao "lapso" de alguns alunos que terão assinado a missiva, mas Elvira Florindo explicou que aquela parte da prova não poderia conter "qualquer elemento" identificativo. Nem sequer o local.
Exceptuando esta questão, as provas foram feitas normalmente por mais de 104 mil alunos.

1 Responses to “Exames Nacionais: "Gaffe" na língua portuguesa”

  1. # Anonymous Anónimo

    Só se esqueceu de dizer que pediu não aos alunos, mas aos elementos dos secretariados para colocarem corrector nas provas em que estivesse escrito um nome, pois o aviso só chegou uma hora depois da prova ter terminado. Claro que ninguém pode colocar corrector numa prova, e isso foi dito ao CAE, mas insistiram que era uma ordem superior. Duas horas depois, enviaram outro fax a pedir para riscarem por cima do corrector, pois tinham "descoberto" que não se podia utilizar corrector nas provas. O que é verdade é que em muitas escolas as provas dos alunos foram violadas e agora eles podem colocar um recurso alegando que lhes riscaram as provas. Quem vai garantir que só lhes riscaram o nome? Quem nos vai garantir que eles não vão alegar que outras rasuras que já existiam nas provas não foram feitas pelos elementos do secretariado?  

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