Fenprof contesta proposta do ME para escolas problemáticas
0 Comments Published by . on sexta-feira, junho 23, 2006 at 8:32 da manhã.
A Federação Nacional de Professores considerou hoje «um erro» que as escolas problemáticas sejam autorizadas a contratar professores directamente e defendeu que estes estabelecimentos de ensino deveriam ter equipas especializadas a trabalhar com o corpo docente.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse em entrevista publicada hoje na revista Visão que quer dar às escolas localizadas em meios sociais problemáticos e com problemas de indisciplina a possibilidade de recrutarem directamente professores, escolhendo-os em função do seu perfil profissional.
Em declarações à agência Lusa, Augusto Pascoal, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), explicou que as escolas localizadas em meios sociais problemáticos deveriam ter uma equipa especializada com assistentes sociais e psicólogos que pudessem trabalhar com o corpo docente e conselhos directivos.
Augusto Pascoal disse à Lusa que a «contratação de mais professores para tentar resolver o que os que lá estão não conseguiram é um desperdício de meios humanos e financeiros».
«O problema aqui não é o número de professores, mas sim de qualificação para resolver situações problemáticas», salientou o dirigente sindical, acrescentando que os «professores são técnicos de educação com formação científica e pedagógica».
Na entrevista à Visão, a ministra da Educação classificou de «absurdo» e «irracional» o actual mecanismo de colocação de docentes, sobretudo no caso das escolas consideradas difíceis, onde «90 por cento dos professores do quadro não querem estar».
A este propósito, a responsável lembrou a forma como foram recrutados os professores que asseguram a iniciação ao Inglês no 3º e 4º anos do primeiro ciclo, através da contratação directa promovida pelas autarquias e agrupamentos escolares, considerando que o processo correu «de forma eficaz e de um modo mais inteligente».
O adjunto da ministra da Educação, António Ramos André, explicou à Lusa que a intenção do Ministério é dar às escolas localizadas em meios sociais problemáticos «a possibilidade de adequarem os seus recursos humanos ao contexto em que estão inseridas».
«A ideia é que estas escolas possam escolher os professores com o perfil adequado e que queiram leccionar nesse tipo de contexto, seleccionando-os, por exemplo, através de entrevista», explicou, adiantando que é intenção da tutela avançar «o mais rapidamente possível» com este processo.
À Visão, Maria de Lurdes Rodrigues disse que «serão as escolas a arranjar os professores. As escolas precisam de autonomia para resolver as situações».
A responsável teceu críticas à Fenprof, afirmando que esta federação tem sido parte do problema e que «tem uma agenda que não é a da Educação».
Em declarações à Lusa, Augusto Pascoal respondeu que «não há nenhuma associação que tenha uma agenda para a educação como a Fenprof».
Também o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa considerou hoje «incorrecta» a possibilidade de as escolas localizadas em meios sociais problemáticos e com problemas de indisciplina poderem recrutar directamente os professores.
«Essa medida é incorrecta. O que se podia era utilizar o quadro de zona pedagógica e fazer a afectação dos professores às escolas através das suas características», disse à agência Lusa Óscar Soares, daquele sindicato.
Óscar Soares defende que o quadro de zona pedagógica poderia ser uma solução para esse problema porque «permite direccionar mais os professores para as escolas com essas características».
O sindicalista considerou ainda que dar autonomia às escolas para recrutarem os docentes é uma «solução de remendo que vai ao arrepio de toda a estrutura existente».
«A certa altura, o mecanismo passa a ser uma manta de retalhos. Há que identificar os problemas e procurar soluções», defendeu.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse em entrevista publicada hoje na revista Visão que quer dar às escolas localizadas em meios sociais problemáticos e com problemas de indisciplina a possibilidade de recrutarem directamente professores, escolhendo-os em função do seu perfil profissional.
Em declarações à agência Lusa, Augusto Pascoal, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), explicou que as escolas localizadas em meios sociais problemáticos deveriam ter uma equipa especializada com assistentes sociais e psicólogos que pudessem trabalhar com o corpo docente e conselhos directivos.
Augusto Pascoal disse à Lusa que a «contratação de mais professores para tentar resolver o que os que lá estão não conseguiram é um desperdício de meios humanos e financeiros».
«O problema aqui não é o número de professores, mas sim de qualificação para resolver situações problemáticas», salientou o dirigente sindical, acrescentando que os «professores são técnicos de educação com formação científica e pedagógica».
Na entrevista à Visão, a ministra da Educação classificou de «absurdo» e «irracional» o actual mecanismo de colocação de docentes, sobretudo no caso das escolas consideradas difíceis, onde «90 por cento dos professores do quadro não querem estar».
A este propósito, a responsável lembrou a forma como foram recrutados os professores que asseguram a iniciação ao Inglês no 3º e 4º anos do primeiro ciclo, através da contratação directa promovida pelas autarquias e agrupamentos escolares, considerando que o processo correu «de forma eficaz e de um modo mais inteligente».
O adjunto da ministra da Educação, António Ramos André, explicou à Lusa que a intenção do Ministério é dar às escolas localizadas em meios sociais problemáticos «a possibilidade de adequarem os seus recursos humanos ao contexto em que estão inseridas».
«A ideia é que estas escolas possam escolher os professores com o perfil adequado e que queiram leccionar nesse tipo de contexto, seleccionando-os, por exemplo, através de entrevista», explicou, adiantando que é intenção da tutela avançar «o mais rapidamente possível» com este processo.
À Visão, Maria de Lurdes Rodrigues disse que «serão as escolas a arranjar os professores. As escolas precisam de autonomia para resolver as situações».
A responsável teceu críticas à Fenprof, afirmando que esta federação tem sido parte do problema e que «tem uma agenda que não é a da Educação».
Em declarações à Lusa, Augusto Pascoal respondeu que «não há nenhuma associação que tenha uma agenda para a educação como a Fenprof».
Também o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa considerou hoje «incorrecta» a possibilidade de as escolas localizadas em meios sociais problemáticos e com problemas de indisciplina poderem recrutar directamente os professores.
«Essa medida é incorrecta. O que se podia era utilizar o quadro de zona pedagógica e fazer a afectação dos professores às escolas através das suas características», disse à agência Lusa Óscar Soares, daquele sindicato.
Óscar Soares defende que o quadro de zona pedagógica poderia ser uma solução para esse problema porque «permite direccionar mais os professores para as escolas com essas características».
O sindicalista considerou ainda que dar autonomia às escolas para recrutarem os docentes é uma «solução de remendo que vai ao arrepio de toda a estrutura existente».
«A certa altura, o mecanismo passa a ser uma manta de retalhos. Há que identificar os problemas e procurar soluções», defendeu.
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