Pais e docentes com dúvidas sobre Plano da ministra
0 Comments Published by . on quinta-feira, junho 08, 2006 at 12:25 da manhã.
O Plano de Enriquecimento Curricular do 1.º ciclo, apresentado ontem, está a levantar dúvidas entre pais e professores. A Federação Nacional de Professores (Fenprof) critica a "entrega de aspectos essenciais do currículo do 1.º ciclo à iniciativa privada" e a ausência de garantias quanto à aplicação do programa nas escolas que funcionam em regime de horário duplo. Já os pais vêem "com muitos bons olhos" as actividades desportivas e artísticas, mas mostram-se duvidosos quanto à sua aplicação já que, ao passá-las para fora do currículo, receiam que haja alunos a ser beneficiados e outros não.
António Castela, presidente da Federação Regional das Associações de Pais de Lisboa (Ferlap), confessa ter "algumas dúvidas" quanto ao sucesso da medida. A ocupação plena dos tempos escolares é positiva e "só peca por ser só até às 17.30", mas a associação receia que, ao retirar-se do currículo do 1.º ciclo actividades como a física e desportiva e as expressões artísticas - passando-as para a componente extracurricular -, se possam prejudicar as crianças cujas escolas não adiram.
"Temos noção que em muitas escolas com horário duplo [onde a mesma sala acolhe duas turmas, uma no turno da manhã, outra na da tarde] vai haver crianças com um défice em relação às outras", explicou, sublinhando que "quase todas as escolas das áreas suburbanas do distrito de Lisboa" têm desdobramento de horário: "centenas de alunos".
No entanto, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de o programa vir a ser aplicado nessas escolas, já que este ano, na zona de Lisboa, muitas dessas instituições encontraram soluções para garantir as aulas de inglês aos alunos, embora com menos tempos lectivos.
Menos convencida está a Fenprof, para quem o recurso à iniciativa privada "prejudica a qualidade da educação". Isto porque considera que "mais tarde virá o tempo" em que o programa acaba, por dificuldades orçamentais, e as famílias terão que pagar essas actividades.
Os mesmos receios foram expressos ontem no Parlamento pela deputada Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, que lamentou o "negócio chorudo" do ensino do inglês neste ano, através da contratação de "jovens licenciados ao preço da chuva".
No final da audiência com a Comissão de Educação, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues rejeitou as críticas do BE e explicou que não se trata de privatizar o ensino, mas antes de apostar "na criação de dinâmicas locais". E admitiu a hipótese de, no futuro, as escolas do 1.º ciclo virem a assegurar actividades de tempos livres durante as férias.
António Castela, presidente da Federação Regional das Associações de Pais de Lisboa (Ferlap), confessa ter "algumas dúvidas" quanto ao sucesso da medida. A ocupação plena dos tempos escolares é positiva e "só peca por ser só até às 17.30", mas a associação receia que, ao retirar-se do currículo do 1.º ciclo actividades como a física e desportiva e as expressões artísticas - passando-as para a componente extracurricular -, se possam prejudicar as crianças cujas escolas não adiram.
"Temos noção que em muitas escolas com horário duplo [onde a mesma sala acolhe duas turmas, uma no turno da manhã, outra na da tarde] vai haver crianças com um défice em relação às outras", explicou, sublinhando que "quase todas as escolas das áreas suburbanas do distrito de Lisboa" têm desdobramento de horário: "centenas de alunos".
No entanto, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de o programa vir a ser aplicado nessas escolas, já que este ano, na zona de Lisboa, muitas dessas instituições encontraram soluções para garantir as aulas de inglês aos alunos, embora com menos tempos lectivos.
Menos convencida está a Fenprof, para quem o recurso à iniciativa privada "prejudica a qualidade da educação". Isto porque considera que "mais tarde virá o tempo" em que o programa acaba, por dificuldades orçamentais, e as famílias terão que pagar essas actividades.
Os mesmos receios foram expressos ontem no Parlamento pela deputada Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, que lamentou o "negócio chorudo" do ensino do inglês neste ano, através da contratação de "jovens licenciados ao preço da chuva".
No final da audiência com a Comissão de Educação, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues rejeitou as críticas do BE e explicou que não se trata de privatizar o ensino, mas antes de apostar "na criação de dinâmicas locais". E admitiu a hipótese de, no futuro, as escolas do 1.º ciclo virem a assegurar actividades de tempos livres durante as férias.
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