Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Idosos aprendem a ler em Mirandela

Meia centena de idosos, dos quatro lares da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, aprenderam, nos últimos quatro meses, a ler, a escrever e a trabalhar com as novas tecnologias.
O projecto Alfabetização Sénior foi coordenado pelo Centro de Actividades de Tempos Livres daquela instituição particular de solidariedade social, que proporcionou a muitos idosos a possibilidade de, pela primeira vez, assinarem o seu próprio nome.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, Manuel Araújo, revela que a iniciativa começou a ganhar forma quando se constatou que "muitos utentes dos lares da instituição não sabiam assinar e que tinham de utilizar o dedo."
Foi nessa altura que o Centro de Actividades de Tempos Livres da Santa Casa da Misericórdia agarrou na ideia com entusiasmo, disponibilizou três técnicos para ensinar os idosos a escrever, a ler e a funcionar com o computador.
Manuel Araújo confessa que ficou surpreendido, pela positiva, com a adesão dos idosos à iniciativa, que, "no fundo, veio ajudar a preencher, de uma forma muito interessante, os seus tempos livres, a par das iniciativas que temos feito ao longo do ano, com colónias de férias, passeios e as festas tradicionais."
E, como prova de que esta ideia foi muito bem acolhida pelos idosos, o JN constatou a felicidade de José Augusto Jaime. "Finalmente, aprendi a assinar o meu nome direitinho. Porque, quando era mais novo, a minha mãe não tinha condições para eu frequentar a escola. Estou muito grato aos professores", acrescenta.
Amélia Azevedo foi professora de Geografia e de História no ensino secundário, mas só agora, a caminho dos 80 anos, aprendeu a trabalhar com o computador.
"Gostei muito de actualizar os meus conhecimentos e de aprender como funcionam as novas tecnologias, porque, no meu tempo, só tínhamos o livro e o caderno."

1 Responses to “Idosos aprendem a ler em Mirandela”

  1. # Anonymous Anónimo

    Foi pena a professora ser tratada como engenheira,que era aquilo que os idosos dizim a seu respeito"tem a mania que é engenheira", esqueceu-se de fazer a prova de certifificação de mudança de ciclo.
    Como é que uma criança anda um ano para começar aprender a escrever,e os idosos em quatro meses com o cerebro já cansado conseguem escrever o seu nome.
    A menistra da educação tem que pedir a receita a essa docente para ver se combate o insucessso escolar de que tanto se fala  

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