Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


O presidente do Conselho Nacional para a Acção Social no Ensino Superior (CNASES) defendeu, na Covilhã, o fim da atribuição de bolsas para formação a fundo perdido pelo Estado, propondo uma política de empréstimos.
Vasco Garcia – que falava à margem de um encontro de administradores de serviços de acção social de universidades de todo o país - pronunciou-se a favor de uma política de empréstimos para formação no ensino superior, em que o Estado seja ressarcido quando o aluno iniciar a sua carreira profissional".
Para o ex-reitor da Universidade dos Açores, o actual sistema não é sustentável nem justo e, por isso, Portugal deve seguir o exemplo de outros países europeus, embora com algumas cautelas.
"Nós não temos a economia dinâmica de outros países e sabemos que há muito licenciados no desemprego. Só nesses casos de insolvência é que o Estado se devia substituir ao aluno, através de um fundo constituído com a verba hoje empregue nas bolsas a fundo perdido".
"Nenhum jovem pode ser excluído por ser carenciado. Nem acredito que haja desmobilização de recursos da área da acção social, mesmo nesta época de restrições", referiu, acrescentando que "o que se trata é da sua reafectação".
Em todos os outros casos de sucesso profissional, os apoios concedidos à formação devem ser ressarcidos através de prestações, defendeu.
Segundo Vasco Garcia, além de atribuir "uma maior responsabilização" ao estudante pela sua vida académica, uma política de empréstimos para formação no ensino superior permite "autonomizar desde mais cedo a vida dos jovens".
"O actual sistema tem que ser completamente revolucionado. Penso que uma política de empréstimos vai ser o objectivo final, embora saiba que nos círculos próximos dos estudantes e até do Governo haja quem seja reticente e defenda as bolsas a fundo perdido", sublinhou, considerando "preferível que esse dinheiro seja garante para casos em que o reembolso não é possível".
"Espero que o futuro Conselho Nacional para o Ensino Superior se debruce sobre o assunto", acrescentou, numa alusão ao órgão que vai substituir o CNASES no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
Vasco Garcia concorda com a extinção do CNASES, no âmbito da concentração de sete entidades ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, dado que "para exercer as funções na plenitude, eram necessários meios e recursos muito maiores, quando eles são escassos".

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