Alunos começam cedo a beber com tolerância familiar
0 Comments Published by . on quarta-feira, junho 07, 2006 at 12:35 da manhã.
Quanto mais elevada é a escolaridade, mais os alunos aceitam o consumo de álcool, revela o diagnóstico social de Paços de Ferreira. A este facto está associada a tolerância cultural da família, sendo que é dentro de casa que se inicia o consumo. Estas conclusões fazem parte de um estudo elaborado pela Associação Abrir, no ano passado, que incidiu sobre 1003 alunos.
O diagnóstico social teve por objectivo perceber o consumo de drogas em Paços de Ferreira (sendo que o álcool foi considerado uma droga) e incidiu sobre estudantes do segundo ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos) de escolaridade, acabando por colher um retrato social indicador de comportamentos desviantes.
A maioria dos inquiridos (59,3%) consumiu uma bebida pelo menos uma vez na vida. Comparando com o Inquérito Nacional em Meio Escolar (2001), verifica-se que a média nacional é de 67%. Nos rapazes, a percentagem chega aos 70,2%, enquanto que nas raparigas é de cerca de 49,2%.
Entre os quatro tipos de bebidas alcoólicas (cerveja, vinho, bebidas destiladas e shots), o consumo de cerveja é superior e o primeiro contacto ocorre, em média, por volta dos 11 anos. Neste estudo, 17,6% referiram ter consumido vinho nos últimos 30 dias, uma percentagem bastante superior à encontrada no inquérito nacional de 2001, que obteve apenas 6%. A iniciação ao vinho (pelo menos um copo) ocorre, para a maioria dos inquiridos, antes dos 13 anos. Para 11,5% dos alunos, o primeiro contacto com o álcool deu-se aos 11 anos ou antes.
Já no que concerne às bebidas destiladas, a primeira experiência verifica-se entre os 13 e os 14 anos.
A família é o contexto mais favorável à ingestão de bebidas alcoólicas 47,5% garantem que começaram a beber em casa, enquanto que 43,8% revelam que beberam o primeiro copo em grupo de amigos. Curiosamente, o ambiente familiar parece ser mais tolerante com as raparigas: 52,6% dos que responderam que bebem em casa são miúdas e 43,5% rapazes.
O estudo conclui que à medida que aumenta a escolaridade diminui a percentagem de amigos aos quais são atribuídas atitudes negativas face ao consumo de bebidas. No 7.º ano de escolaridade, por exemplo, uma maioria de alunos (64,2%) considera que os seus amigos "acham mal" ou "muito mal" beber bebidas alcoólicas. Esta percentagem desce para 39,9% nos estudantes que se encontram a frequentar o 9.º ano.
Os resultados apontam para uma aceitação cultural do álcool à medida que avança a escolaridade, logo, "apontam para a necessidade de acções de prevenção do abuso de álcool dirigidas a pré-adolecentes e famílias ", explica Albertina Marinho, da Associação Abrir - Resolver o Futuro.
O diagnóstico social teve por objectivo perceber o consumo de drogas em Paços de Ferreira (sendo que o álcool foi considerado uma droga) e incidiu sobre estudantes do segundo ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos) de escolaridade, acabando por colher um retrato social indicador de comportamentos desviantes.
A maioria dos inquiridos (59,3%) consumiu uma bebida pelo menos uma vez na vida. Comparando com o Inquérito Nacional em Meio Escolar (2001), verifica-se que a média nacional é de 67%. Nos rapazes, a percentagem chega aos 70,2%, enquanto que nas raparigas é de cerca de 49,2%.
Entre os quatro tipos de bebidas alcoólicas (cerveja, vinho, bebidas destiladas e shots), o consumo de cerveja é superior e o primeiro contacto ocorre, em média, por volta dos 11 anos. Neste estudo, 17,6% referiram ter consumido vinho nos últimos 30 dias, uma percentagem bastante superior à encontrada no inquérito nacional de 2001, que obteve apenas 6%. A iniciação ao vinho (pelo menos um copo) ocorre, para a maioria dos inquiridos, antes dos 13 anos. Para 11,5% dos alunos, o primeiro contacto com o álcool deu-se aos 11 anos ou antes.
Já no que concerne às bebidas destiladas, a primeira experiência verifica-se entre os 13 e os 14 anos.
A família é o contexto mais favorável à ingestão de bebidas alcoólicas 47,5% garantem que começaram a beber em casa, enquanto que 43,8% revelam que beberam o primeiro copo em grupo de amigos. Curiosamente, o ambiente familiar parece ser mais tolerante com as raparigas: 52,6% dos que responderam que bebem em casa são miúdas e 43,5% rapazes.
O estudo conclui que à medida que aumenta a escolaridade diminui a percentagem de amigos aos quais são atribuídas atitudes negativas face ao consumo de bebidas. No 7.º ano de escolaridade, por exemplo, uma maioria de alunos (64,2%) considera que os seus amigos "acham mal" ou "muito mal" beber bebidas alcoólicas. Esta percentagem desce para 39,9% nos estudantes que se encontram a frequentar o 9.º ano.
Os resultados apontam para uma aceitação cultural do álcool à medida que avança a escolaridade, logo, "apontam para a necessidade de acções de prevenção do abuso de álcool dirigidas a pré-adolecentes e famílias ", explica Albertina Marinho, da Associação Abrir - Resolver o Futuro.
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