Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Castelhano agrada como opção no 2º ciclo

Nuno Coelho tem 15 anos, está a aprender Castelhano “para ter mais qualificação e porque é mais uma oportunidade para trabalhar no estrangeiro”. Nuno está no curso de 1.º nível do Instituto Cervantes, em Lisboa, tal como o irmão gémeo, Rui, e a irmã de 17 anos, Margarida. “O Espanhol é falado em todo o Mundo e até para trabalhar cá é necessário”, diz Margarida.
O Conselheiro de Educação da Embaixada de Espanha em Lisboa, Francisco Fuentes, afirmou ao diário ‘ABC’ que o governo de Madrid pretende que a língua de Cervantes “receba o mesmo tratamento que têm os outros idiomas opcionais, como o Inglês e o Francês”, passando a disciplina opcional no 2.º Ciclo – actualmente é opção a partir do 3.º Ciclo. Inês Nunes, aluna do Cervantes, concorda que o Espanhol comece no 5.º ano, “mas não como disciplina obrigatória, apenas opcional”.
A evolução do número de matrículas no Instituto Cervantes comprova o aumento da procura dos cursos de Espanhol: 314 em 1994, 2398 em 2005. Nas escolas portuguesas há mais de 9900 alunos a estudar Espanhol – 18 no 2.º Ciclo, 7151 no 3.º e 2737 no Secundário.
Em Paços de Ferreira o conselho executivo solicitou à Direcção Regional de Educação do Norte autorização para o ensino de Espanhol nos 7.º e 10.º anos. “Há vários alunos do 12.º que vão ao Porto ao fim-de-semana para aprender a língua, para entrar em cursos em Espanha e grande parte do mercado de móveis, a indústria da região, está na Galiza”, explica Joaquim Leal, presidente do conselho executivo.
Na região Norte há cerca de 2700 alunos em Espanhol. “Acho que o potencial é muito grande como segunda língua, principalmente nas zonas onde há relacionamento estreito com Espanha. Até para combater o insucesso nas línguas estrangeiras”, diz.
José Boal, docente da Escola Secundária D. Sancho II (Elvas) considera que “com condições e legislação que enquadre mais línguas estrangeiras no 5.º ano, o Espanhol tem de estar em igualdade em relação às outras”. Na região raiana, o Espanhol acaba por ser mais importante do que o Inglês. “São futuros trabalhadores numa região onde há muitas oportunidades do lado de lá”, afirma. O CM questionou o Ministério da Educação sobre este assunto, mas não recebeu resposta até ao fecho de edição.

NÚMEROS IBÉRICOS
ESTUDAR LÁ
Há mais de 800 portugueses a estudar nas universidades espanholas, quase todos em Medicina. O Português é ensinado em 109 escolas e tem 8900 alunos. No total, há cerca de 13 500 espanhóis que estudam Língua Portuguesa.

PROTOCOLO
Em Fevereiro o Instituto Cervantes e a Prisa celebraram um protocolo para a difusão internacional da língua espanhola e a promoção da cultura do país vizinho no Mundo. O Instituto Cervantes está presente em 56 cidades, de 37 países.

TRABALHO
Os clínicos espanhóis estão a invadir Portugal – já são quase dois mil. Em 2004 residiam em Espanha 55 769 portugueses – mais 20 000 que em 1998. Em 1995 emigraram para Espanha 681 portugueses – em 2004 foram oito mil.

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