Religião debatida em escola da Póvoa do Varzim
0 Comments Published by . on domingo, maio 21, 2006 at 1:03 da manhã.
Cerca de 300 alunos do 10.º ano da Escola Secundária Eça de Queirós (Póvoa de Varzim) participaram, anteontem, num debate sobre a paz mundial e a inter-religiosidade, que reuniu representantes das igrejas cristã, judaica e muçulmana. O debate, organizado pela Associação de Pais e Encarregados de Educação, é visto "como uma forma apelativa de discutir a temática religiosa", um dos temas do programa de Filosofia.
O conflito israelo-palestiniano, o diálogo ecuménico, os movimentos migratórios, as polémicas caricaturas de Maomé e até "O Código de Da Vinci" foram temas abordados. O padre Jorge Oliveira, Carlos Prazeres (judeu) e Abdul Manda (muçulmano) responderam aos mais jovens, mas, apesar do esforço, ficou clara, ainda que a uma escala local, a dificuldade de entendimento entre religiões.
Abdul Manga salientou o papel desempenhado pelo Papa João Paulo II na promoção do diálogo ecuménico, mas confessa "o diálogo entre judeus e islâmicos não existe". "Um pai deixou o terreno para dois filhos e um começou a roubar terreno ao outro. Ao ser roubado, como ser humano, reajo com violência. Não devia ser, mas...", afirmou, explicando aos alunos a origem do conflito israelo-palestiniano, que, para Abdul, está na origem de todos os grandes conflitos mundiais.
Numa visão autocrítica, Abdul Manga condena os atentados bombistas dos muçulmanos na Faixa de Gaza, mas lembra que é um "ciclo vicioso" "Vão matar porque outros foram mortos". "Só haverá paz quando acabarem os atentados", frisou Carlos Prazeres, criticando os palestinianos.
"Mas não é também a condenação do 'Código de Da Vinci' por parte da igreja católica uma forma de intolerância?", perguntou um aluno, incluindo o padre na discussão. Dando como exemplo as caricaturas de Maomé, Jorge Oliveira responde "A nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro". No final, todos concordaram que é preciso apostar no diálogo e promover a tolerância.
O conflito israelo-palestiniano, o diálogo ecuménico, os movimentos migratórios, as polémicas caricaturas de Maomé e até "O Código de Da Vinci" foram temas abordados. O padre Jorge Oliveira, Carlos Prazeres (judeu) e Abdul Manda (muçulmano) responderam aos mais jovens, mas, apesar do esforço, ficou clara, ainda que a uma escala local, a dificuldade de entendimento entre religiões.
Abdul Manga salientou o papel desempenhado pelo Papa João Paulo II na promoção do diálogo ecuménico, mas confessa "o diálogo entre judeus e islâmicos não existe". "Um pai deixou o terreno para dois filhos e um começou a roubar terreno ao outro. Ao ser roubado, como ser humano, reajo com violência. Não devia ser, mas...", afirmou, explicando aos alunos a origem do conflito israelo-palestiniano, que, para Abdul, está na origem de todos os grandes conflitos mundiais.
Numa visão autocrítica, Abdul Manga condena os atentados bombistas dos muçulmanos na Faixa de Gaza, mas lembra que é um "ciclo vicioso" "Vão matar porque outros foram mortos". "Só haverá paz quando acabarem os atentados", frisou Carlos Prazeres, criticando os palestinianos.
"Mas não é também a condenação do 'Código de Da Vinci' por parte da igreja católica uma forma de intolerância?", perguntou um aluno, incluindo o padre na discussão. Dando como exemplo as caricaturas de Maomé, Jorge Oliveira responde "A nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro". No final, todos concordaram que é preciso apostar no diálogo e promover a tolerância.
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