Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Religião debatida em escola da Póvoa do Varzim

Cerca de 300 alunos do 10.º ano da Escola Secundária Eça de Queirós (Póvoa de Varzim) participaram, anteontem, num debate sobre a paz mundial e a inter-religiosidade, que reuniu representantes das igrejas cristã, judaica e muçulmana. O debate, organizado pela Associação de Pais e Encarregados de Educação, é visto "como uma forma apelativa de discutir a temática religiosa", um dos temas do programa de Filosofia.
O conflito israelo-palestiniano, o diálogo ecuménico, os movimentos migratórios, as polémicas caricaturas de Maomé e até "O Código de Da Vinci" foram temas abordados. O padre Jorge Oliveira, Carlos Prazeres (judeu) e Abdul Manda (muçulmano) responderam aos mais jovens, mas, apesar do esforço, ficou clara, ainda que a uma escala local, a dificuldade de entendimento entre religiões.
Abdul Manga salientou o papel desempenhado pelo Papa João Paulo II na promoção do diálogo ecuménico, mas confessa "o diálogo entre judeus e islâmicos não existe". "Um pai deixou o terreno para dois filhos e um começou a roubar terreno ao outro. Ao ser roubado, como ser humano, reajo com violência. Não devia ser, mas...", afirmou, explicando aos alunos a origem do conflito israelo-palestiniano, que, para Abdul, está na origem de todos os grandes conflitos mundiais.
Numa visão autocrítica, Abdul Manga condena os atentados bombistas dos muçulmanos na Faixa de Gaza, mas lembra que é um "ciclo vicioso" "Vão matar porque outros foram mortos". "Só haverá paz quando acabarem os atentados", frisou Carlos Prazeres, criticando os palestinianos.
"Mas não é também a condenação do 'Código de Da Vinci' por parte da igreja católica uma forma de intolerância?", perguntou um aluno, incluindo o padre na discussão. Dando como exemplo as caricaturas de Maomé, Jorge Oliveira responde "A nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro". No final, todos concordaram que é preciso apostar no diálogo e promover a tolerância.

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