Aluno transferido após agressão a um professor
0 Comments Published by . on quinta-feira, maio 18, 2006 at 12:40 da manhã.Um aluno da Escola E.B. 2,3 Sophia de Mello Breyner, em Arcozelo, Gaia, vai ser transferido para outro estabelecimento de ensino por ter agredido um professor dentro da sala de aula. Tem 15 anos, frequenta o 6.º ano e era considerado um dos casos problemáticos, merecendo mesmo o acompanhamento de um dos tutores nomeados pela escola, segundo confirmou ao JN a presidente do Conselho Executivo, Luzia Veludo. Terá assim destino idêntico ao jovem que, em Março, agrediu uma professora na Escola EB 2,3 do Cerco, no Porto.
De acordo com Luzia Veludo, tudo aconteceu quando o professor ordenou ao aluno que se sentasse. Este recusou e empurrou o docente, que acabou por cair e ser projectado contra algumas carteiras. A suspensão foi decretada e a DREN determinou a transferência. Trata-se, segundo a mesma responsável, de um estudante oriundo de uma "família desestruturada" (vive com o pai) e que "estava a ter acompanhamento psicológico", revelando alguma instabilidade, até porque muitas vezes não tomava a medicação. "Ele acabou por pedir desculpa e reconheceu que fez asneira. Mas foi uma situação chocante para os outros alunos e poderia criar receios entre eles", explicou.
Apesar da presidente do Conselho Executivo afirmar desconhecer a existência de outros casos mais violentos, visando, inclusive, estudantes, o JN apurou que tem havido situações em que os mais jovens são ameaçados e mesmo roubados no recinto escolar. Uma das vítimas chegou a ser alvo de extorsão. "Veio um tipo ter comigo e exigiu-me o brinco. Acabei por dar-lho e ele depois disse que mo devolvia se eu lhe pagasse 1,5 euros. Eu dei", contou ao JN um aluno, que no dia seguinte voltou a ser abordado "Pediu-me um euro. Disse que me dava um soco se não lho desse". Segundo a vítima, o assaltante faz-se acompanhar por "mais três ou quatro" indivíduos e as ameaças têm-se sucedido. Resultado: vive num constante terror. "Procuro andar sempre acompanhado pelos meus amigos", confessou, admitindo que tem tido "ataques de pânico".
Luzia Veludo defende, contudo, que a escola "não é problemática em comparação com outras", admitindo apenas alguns casos pontuais envolvendo alunos "em risco de abandono escolar" e que faltam diversas vezes às aulas. A presidente do Conselho Executivo reiterou que esses estudantes são acompanhados por mais de duas dezenas de tutores e pelos directores de turma. "De uma maneira geral, são alunos pacíficos", realçou.
O presidente da associação de pais, Fernando Ferreira, apontou a existência de situações de "indisciplina" de alguns estudantes, mas considera que a escola está "mais pacífica" em relação a anos anteriores.
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