Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


União Europeia fala de progressos modestos na Educação

O relatório anual da Comissão Europeia sobre a evolução da educação, no quadro dos objectivos traçados há seis anos pelo Conselho Europeu de Lisboa, conclui que os progressos registados desde então foram moderados ou escassos na maioria dos critérios de referência. Os resultados alcançados por Portugal estão entre os mais baixos em vários índices.
A Comissão Europeia apelou aos Estados-membros da União Europeia para que se esforcem mais por atingir os objectivos da Estratégia de Lisboa em matéria de educação e formação.
"É claro que são necessários mais esforços para se alcançar os cinco critérios de referência até 2010", afirmou hoje o comissário europeu da Educação e Formação, Ján Figel.
O comissário recordou ainda que "o investimento no capital humano é claramente um investimento vital no futuro da Europa".
Entre os cinco critérios de referência, apenas houve progressos reais relativamente ao aumento do número de licenciados em Matemática, Ciências e Tecnologia. A Agenda de Lisboa estabeleceu como objectivo um aumento de pelo menos 15 por cento nesta área, entre 2001 e 2010 (ou 1,6 por cento por ano) e a União Europeia a 25 registou uma média de crescimento de 4,6 por cento entre 2001 e 2002.
Neste caso Portugal apresenta um resultado animador, muito acima da média comunitária, com um crescimento anual de 7,6 por cento.
Apesar dos bons resultados no primeiro critério, o relatório identificou "progressos modestos" na participação na aprendizagem ao longo da vida e na redução do abandono escolar entre os jovens (outros dois dos cinco critérios definidos).
Em relação ao abandono escolar, o objectivo definido é um limite de dez por cento dos cidadãos entre os 18 e os 24 anos de idade a abandonar os estudos antes de concluírem o ensino secundário, mas a média comunitária em 2004 foi de 15,9 por cento. Portugal registou 39,4 por cento.
Os objectivos traçados para 2010 contemplam também uma fasquia de 12,5 por cento de participação dos adultos, entre os 25 e 64 anos de idade, na aprendizagem ao longo da vida, mas a média da UE em 2004 ficou-se pelos 9,4 por cento. Em Portugal esse valor não foi além dos 4,8 por cento.
Quanto às duas restantes áreas prioritárias - a literacia e o aumento do número de jovens a concluir o ensino secundário -, a Comissão Europeia considera mesmo que os progressos foram "praticamente nulos".
De acordo com a Estratégia de Lisboa, pelos menos 85 por cento dos cidadãos com idades entre os 20 e os 24 anos deveriam completar o ensino secundário, mas em 2004 a média comunitária foi de 76,4 por cento. Em Portugal não ultrapassou os 49 por cento, o que representa o segundo pior registo da UE, depois de Malta.
No último critério - que estabelece a diminuição anual de 20 por cento no número de jovens com 15 anos de idade com baixo aproveitamento em leitura, para se atingir um valor na ordem dos 15,5 por cento em 2010 - verificou-se uma taxa de 19,8 por cento nos 25 Estados da UE. Em Portugal a média foi de 22 por cento.

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