Video-vigilância é solução para delinquência?
0 Comments Published by . on sábado, abril 01, 2006 at 9:00 da tarde.
Estavam os dois escondidos nas árvores. Começaram por perguntar-me as horas (é o método típico) e depois um deles apontou-me uma arma de fogo. Uma pistola. Revistaram-me e tiraram-me a carteira e o MP3". Miguel, de 16 anos, estuda na Escola Secundária Garcia da Orta, no Porto, e passou a fazer parte da extensa lista de vítimas de assalto na envolvente ao estabelecimento de ensino. Os "roubos sistemáticos" levam a associação de pais da escola a sugerir medidas "extremas", como a videovigilância.
O adolescente passou pela amarga experiência na passada quarta-feira. Eram 13.30 horas e estava a sair das aulas. Os assaltantes, sublinha, aparentavam ter entre 15 e 17 anos. "Não mais". Com uma pistola apontada não teve reacção. "Um intimidou-me, o outro roubou", recorda, ainda visivelmente afectado com o caso. "Tem havido vários casos destes. Um colega meu já foi assaltado também por esses dois", comentou o jovem, que está a frequentar o 10.º ano.
"O meu primeiro choque foi o facto de ter sido um roubo à mão armada. Qualquer resistência podia resultar num disparo. Surpreendeu-me a ligeireza com que eles actuaram", desabafou Luís Queirós, pai de Miguel, sublinhando que a Garcia da Orta tem sido uma "zona muito batida por jovens delinquentes". "Se nada for feito, a escola passa a ser vista como um alvo fácil", acrescentou. O encarregado de educação lamenta, ainda, a justificação que foi dada na 16ª Esquadra da PSP, onde foi formalizar a queixa "Foi-me dito que nesse dia não havia agente da Escola Segura, porque a mota estava inoperacional..."
A sucessão de assaltos a estudantes, quase sempre perpetrados por adolescentes, motivou a associação de pais a propor a instalação de sistemas de videovilgilância. Um "meio dissuasor", defende Paulo Corte-Real Alves, presidente da associação, que fez chegar uma exposição sobre a situação da escola à Câmara do Porto, PSP e ministros da Administração Interna e da Justiça. "Já se falou na videovigilância há dois anos, mas é oportuno voltar a discutir-se", afirmou.
Iluminação no espaço exterior do estabelecimento e mais "mecanismos de actuação" da PSP face à delinquência juvenil são outras reivindicações dos pais.
O adolescente passou pela amarga experiência na passada quarta-feira. Eram 13.30 horas e estava a sair das aulas. Os assaltantes, sublinha, aparentavam ter entre 15 e 17 anos. "Não mais". Com uma pistola apontada não teve reacção. "Um intimidou-me, o outro roubou", recorda, ainda visivelmente afectado com o caso. "Tem havido vários casos destes. Um colega meu já foi assaltado também por esses dois", comentou o jovem, que está a frequentar o 10.º ano.
"O meu primeiro choque foi o facto de ter sido um roubo à mão armada. Qualquer resistência podia resultar num disparo. Surpreendeu-me a ligeireza com que eles actuaram", desabafou Luís Queirós, pai de Miguel, sublinhando que a Garcia da Orta tem sido uma "zona muito batida por jovens delinquentes". "Se nada for feito, a escola passa a ser vista como um alvo fácil", acrescentou. O encarregado de educação lamenta, ainda, a justificação que foi dada na 16ª Esquadra da PSP, onde foi formalizar a queixa "Foi-me dito que nesse dia não havia agente da Escola Segura, porque a mota estava inoperacional..."
A sucessão de assaltos a estudantes, quase sempre perpetrados por adolescentes, motivou a associação de pais a propor a instalação de sistemas de videovilgilância. Um "meio dissuasor", defende Paulo Corte-Real Alves, presidente da associação, que fez chegar uma exposição sobre a situação da escola à Câmara do Porto, PSP e ministros da Administração Interna e da Justiça. "Já se falou na videovigilância há dois anos, mas é oportuno voltar a discutir-se", afirmou.
Iluminação no espaço exterior do estabelecimento e mais "mecanismos de actuação" da PSP face à delinquência juvenil são outras reivindicações dos pais.
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