Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Linha de apoio para professores agredidos

A Associação Nacional de Professores (ANP) tenciona criar uma linha de atendimento – telefónico, por correio electrónico e presencial – aos professores agredidos nas escolas. Segundo afirmou ao CM o presidente daquela organização não sindical, João Grancho, a linha SOS deverá estar a funcionar dentro de mês e meio.
Na cidade espanhola de Segovia, onde participa no IV Encontro Luso-Espanhol de Professores – subordinado ao tema ‘Violência nos Centros Educativos. Propostas para a Convivência’ – , João Grancho explicou os objectivos da futura linha SOS: “Permitir aos professores expressarem as suas preocupações em relação à violência, na sala de aula e em ambiente escolar, e construir um registo estatístico sobre o fenómeno.”
“Não pretendemos dramatizar o problema, mas sim antecipá-lo e lidar com ele”, sublinhou o responsável, para quem a política corrente tem, erradamente, sido calar ou esconder a violência no espaço escolar, nomeadamente dirigida aos docentes. No âmbito do congresso luso-espanhol, que hoje termina, os professores portugueses tencionam informar-se sobre a experiência do país vizinho, onde existe uma linha ‘SOS violência na escola’.

RECUPERAR SEGURANÇA
Dar apoio ao professor que regressa à escola onde ocorreu a agressão é uma das valências da linha de atendimento, que mobilizará docentes e pessoal especializado.
“O professor agredido tem de recuperar a segurança. Talvez lhe deva ser atribuído trabalho especializado embora sem afastar a docência, pois isso representaria o sucesso da violência.” O canal servirá também para informar sobre o ‘bullying’ – constante assédio entre alunos – e aconselhar o professor a prevenir estes comportamentos.

PORTO E OLIVAIS COM CASOS MAIS RECENTES
Um dos casos mais recentes de violência contra docentes envolve uma professora da Escola EB 2,3 do Cerco, no Porto, que recebeu assistência hospitalar depois de ser agredida por um aluno, dentro da sala de aula, na passada quarta--feira. O agressor – que tem 15 anos e frequenta o 5.º ano – foi suspenso das aulas por cinco dias, a que se seguirá um processo disciplinar. A ofensa foi comunicada à Polícia, ao Ministério Público, à Direcção Regional de Educação do Norte e ao Gabinete de Segurança do Ministério da Educação.
No passado dia 16 de Março, o CM noticiou igualmente a agressão de que foi vítima uma professora da Escola Secundária Professor Herculano Carvalho, nos Olivais, em Lisboa. Três jovens entraram à socapa na escola, a professora enfrentou-os por causa do barulho que estavam a fazer e acabou por levar uma estalada. A professora agredida, responsável por vários projectos na escola, não meteu baixa e foi dar aulas no dia seguinte, com um hematoma no ombro e um trauma psicológico.

NÚMEROS DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
- 191 alunos, professores e funcionários que tiveram de receber tratamento hospitalar.
- 1232 agressões nas escolas no ano lectivo 2004/2005.
- 13 anos, idade em que os actos de violência atingem o pico.
- 11 anos, idade das vítimas quando a violência é entre alunos.
- 25,7% jovem envolvidos em actos de violência.
- 13,6 % jovens envolvidos em actos violentos como vítimas.
- 6,3 % jovens envolvidos em violência como provocadores.
- 5,8 % envolvidos em violência como provocadores e vítimas.

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