Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Educação: Funcionários são vítimas diárias de agressões nas escolas

A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação considera que "o país tem de saber que a violência nas escolas abrange, de forma diária, os funcionários não-docentes vítimas de dezenas de agressões físicas e verbais".
"Fala-se muito em agressões a professores ou entre alunos, mas esquece-se as dezenas de funcionários que são agredidos ou insultados todos os anos nas escolas portuguesas", afirmou o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva à agência Lusa, frisando que o assunto foi já levado ao Procurador-Geral da República.
O dirigente associativo falava à margem dos trabalhos do Dia Nacional do Trabalhador Não-Docente que hoje decorre no auditório municipal de Felgueiras com a presença de 200 trabalhadores, para debater a possibilidade de integração de funcionários não-docentes nas autarquias locais.
A iniciativa, que se prolonga pela tarde, incluiu intervenções de José Paulo Carvalho, deputado do CDS-PP na Assembleia da República, de Fátima Felgueiras e de Paulo Teixeira, presidentes dos Municípios de Felgueiras e de Castelo de Paiva, e dos sindicalistas Jorge Gomes Santos e Carlos Guimarães, respectivamente, Presidente e Vice-Secretário Geral da FNE.
João Dias da Silva disse que, tal como sucede com os professores, não há números exactos sobre as agressões a funcionários, nas escolas, desafiando o Ministério da Educação a divulgá-los, "mais que não seja recorrendo às estatísticas de processos disciplinares levantados a alunos".
Considerou que "os 35 mil funcionários auxiliares existentes nas escolas portuguesas, são pilares fundamentais do sistema que têm de ser acarinhados, e para cuja formação profissional é preciso olhar".
"Defendemos acções de formação profissional para os funcionários actuais e queremos que o acesso de novos trabalhadores seja permitido a quem tem o 12.º ano, e, preferencialmente, alguma formação na área das relações humanas", declarou.
A FNE - disse - não se opõe a que os funcionários passem para a tutela das autarquias - caso o Ministério da Educação e a Associação dos Municípios Portugueses cheguem a acordo.
No entanto - sublinhou - defende que a avaliação destes funcionários tem de continuar a ser feita pelos agrupamentos de escolas ou pelos Conselhos Executivos, e não pelos Municípios, como sucedia anteriormente.
A posição da FNE não é consensual, já que quer a autarca Fátima Felgueiras, quer os funcionários da zona, querem o regresso ao sistema anterior.
Fátima Felgueiras diz que a passagem dos funcionários não-docentes dos ensinos básico e secundário para a tutela das autarquias, tem de incluir, quer os respectivos meios financeiros do Estado, quer as competências.
"Os municípios devem ter um papel relevante na avaliação dos funcionários, já que serão eles que os recrutam e os pagam", sustentou, frisando que está em causa a autonomia do poder local e das próprias escolas.
No mesmo sentido se pronunciou, Mónica Rebelo, funcionária de um jardim-de-infância local, que considerou que a avaliação funcionava bem quando eram as técnicas da Câmara a fazê-la, sendo agora factor de grandes injustiças, problemas e confusões".
"Andamos sempre com medo", sublinhou, assinalando que uma funcionária pode falhar num dia ou dois, por doença ou razão familiar, mas trabalhar bem o resto do ano, sendo, na mesma, penalizada".
Esta tese foi rebatida por João Queiroz, Director Executivo da Escola E.B.2,3 de Vila Caiz, Amarante, para quem no anterior sistema toda a gente tinha muito bom", e assegurando que ninguém se queixou da avaliação feita pelo agrupamento de escolas de Amarante.

0 Responses to “Educação: Funcionários são vítimas diárias de agressões nas escolas”

Enviar um comentário

Search

Sugestão

Calendário


Internacional

eXTReMe Tracker BloGalaxia

Powered by Blogger


Which Muskehound are you?
>

XML