Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Alunos de Sernancelhe recomeçam as aulas sentados no chão

Os 106 alunos da escola básica de Sernancelhe que foi demolida na segunda-feira regressaram hoje as aulas, após as férias de Carnaval, na Casa da Criança da vila do distrito de Viseu, mas foram obrigados a sentar-se no chão devido à falta de equipamento.
Vários meses depois de iniciado o braço-de-ferro entre a Câmara Municipal de Sernancelhe e a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), 106 alunos da Escola Básica Nº 1 da vila tiveram que se sentar no chão para terem aulas.
Só por volta das 11h30 — duas horas e meia depois da hora prevista para o início normal das actividades escolares — é que a DREN fez saber que o problema iria ser resolvido com a contratação de uma empresa privada para descarregar o mobiliário. Os alunos levantaram-se então do chão para se sentarem nas cadeiras que já conheciam da velha escola.
O presidente da autarquia de Sernancelhe, José Mário Cardoso, acusa a DREN de ser responsável pelo atraso na transferência dos 106 alunos daquela escola para as novas instalações na sequência da demolição do velho estabelecimento escolar.
A DREN recusa a responsabilidade porque a autarquia iniciou a demolição da velha escola, com 30 anos, sem as tramitações necessárias à transferência dos alunos para as novas instalações, disponibilizadas pela Câmara de Sernancelhe.

Demolição da velha escola começou na segunda-feira
As obras foram iniciadas na segunda-feira com o presidente da autarquia à frente de uma equipa de operários de marreta na mão para começar a demolição da escola.
Em causa estava, como explicou a DREN em comunicado, a falta de inspecção dos bombeiros ao novo local, a Casa da Criança, igualmente propriedade da autarquia.
O problema da inspecção foi resolvido ontem. Hoje de manhã, quando as crianças começaram a chegar à nova escola, depararam-se com as salas vazias e o mobiliário e computadores estavam no interior de um camião da autarquia.
Deste cenário renasceu o braço-de-ferro entre a DREN e a autarquia, com esta a afirmar que era a direcção regional que devia descarregar o material do camião e a DREN a defender, num fax enviado à câmara, que só iria ter no local uma equipa "para ultimar o necessário e garantir que as aulas decorram com normalidade".
Normalidade foi coisa que não sucedeu, como a Lusa constatou no local, quando vários pais resolveram levar os filhos para casa por não aceitarem que estes ficassem sentados no chão, enquanto a DREN e a câmara não decidiam quem iria descarregar as cadeiras.

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