Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Fim do PRODEP deixou escolas sem apoio

Face ao reduzido número de Serviços de Psicologia e Orientação (SPO), as escolas não abrangidas - cerca de 85% das existentes no país - recorriam à medida 1.4 (orientação vocacional) do Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal (PRODEP) para, dessa forma, poderem contratar, a tempo parcial, um psicólogo. Contudo, com o fim daquele quadro comunitário de apoio, em Dezembro último, os técnicos em serviço tiveram que dar por concluído o seu trabalho nas escolas.
Em outros estabelecimentos de ensino, são as associações de pais que pagam do seu bolso a contratação de um psicólogo, ou são as autarquias que procedem à contratação do referido técnico.
O relatório final do "Estudo Sobre a Intervenção no Contexto Escolar dos Serviços de Psicologia e Orientação" refere-se à importância do trabalho que é feito nos SPO com os encarregados de educação. "As actividades desenvolvidas junto dos pais e encarregados de educação são limitadas pela falta de tempo/disponibilidade dos técnicos e pela reduzida participação dos pais na vida escolar dos filhos", refere o documento.
Maria José Viseu, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, disse ao JN que mesmo os psicólogos contratados ao abrigo do PRODEP para acções de orientação vocacional nunca se limitavam a esse tipo de trabalho apenas.
"Os problemas existentes nas escolas são tão graves e as necessidades são tão grandes que os psicólogos acabam sempre por dar apoio em muitas outras áreas".
Neste tocante, o estudo referido conclui que "com os professores e directores de turma é desenvolvido um trabalho importante de aconselhamento no domínio da definição de estratégias de resolução de problemas de comportamento, disciplina, insucesso escolar e na adequação das práticas e metodologias de ensino".
Maria José Viseu salientou que a orientação vocacional dos adolescentes que terminam o 3.º Ciclo do Ensino Básico é muito importante. "As escolas que não têm um psicólogo para fazer esse trabalho muitas vezes recorrem aos centros de emprego, que têm essa valência e dão alguma ajuda", disse.
Nos SPO, a orientação escolar e vocacional é uma das actividades desenvolvidas mais frequentemente e incide, sobretudo, em anos de escolaridade de transição (9.º e 12.º anos).

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