Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Mulheres com ensino superior não são melhores empresárias

As mulheres com curso superior não são mais empreendedoras nem melhores empresárias do que as que possuem um nível de instrução menor. A conclusão é da investigadora da Universidade Nova (UNL) de Lisboa, Maria José Gonçalves, no âmbito da primeira edição do projecto "Dona Empresa", promovido pela Associação Portuguesa de Mulheres Empresárias (APME), a que pertence.
O programa iniciado em 2002 "destina-se a desempregadas, com mais de 18 anos, inscritas no Centro de Emprego da sua área de residência que tenham uma ideia de negócio ou queiram criar o seu próprio emprego", explicou ao JN.
O estudo, que começou em 2005 e resultou de uma parceria informal com a APME, e os resultados foram apresentados pela perita da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNL, na semana passada, na Finlândia.
Na primeira edição apenas era exigido que as candidatas tivessem como habilitação mínima o 9º ano de escolaridade. Houve 42 propostas de empresas "e só uma desistência, por motivos de saúde, o que representa uma elevada taxa de sucesso", sublinha a autora.
O programa abrangeu as três regiões do país com os maiores índices de desemprego. No Centro foram criadas 21 empresas, dez no Norte e dez no Alentejo. Ao todo, 41 negócios que continuam em actividade.
As áreas escolhidas - serviços à comunidade - denotam o forte peso dos papéis tradicionais das mulheres. Foram criados jardins de infância, salas de explicação, apoio a idosos, cabeleireiros e lojas de arte e decoração. Mas na região Centro houve cinco excepções apostaram em empresas de engenharia, novas tecnologias e fiscalização de obras.

Menos motivadas
"A partir de 2004, a exigência passou a ser o ensino superior - licenciatura ou bacharelato - e na APME gostaríamos muito que essa condição fosse retirada, porque, como demonstram outros estudos europeus, as candidatas com habilitação superior não demonstraram ser melhores empresárias", refere a estudiosa. "Os dados empíricos mostram que houve uma desistência que ronda os 40%, porque as candidatas de qualificação superior pretendem logo que possam ter um emprego", adianta. "A maioria eram professoras que não tinham sido colocadas e que aceitaram lugares de substituição", alega.
A doutorada vai agora analisar o motivo por que a motivação das mulheres menos qualificadas é mais forte. É "o passo seguinte" na sua investigação.

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