Pais recusam novas escolas de acolhimento
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 12, 2006 at 12:48 da tarde.
Os pais não desarmam. Confrontados com a imposição de enviar os filhos para escolas a alguns quilómetros de casa, disseram um rotundo não. Ontem, dia de arranque de ano lectivo, em vários pontos do País, as crianças não apareceram nas escolas de acolhimento. Hoje a situação deverá repetir-se, com os alunos a comparecer em frente à antiga escola, agora fechada e vazia. Os encarregados de educação não percebem a razão que obriga os filhos a percorrer quilómetros quando nos locais onde residem existem instalações que durante anos serviram a população.
No lugar de Calvos, na freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, os pais recusaram que os filhos fossem transportados para a escola da aldeia vizinha de Paredes. Afirmam que nunca foram informados oficialmente pelas autoridades responsáveis e, hoje de manhã, pelas 08.15, mais uma vez os 16 alunos desta EB1 estarão à porta da sua velha escola e de mochila às costas, à espera que a professora regresse. "Até podiam tomar esta decisão, mas sempre ouvindo a opinião dos pais", diz Lurdes Fernandes, que ontem, com mais algumas mães, resolveu limpar a escola e desbravar o mato que entretanto cresceu no recreio. A sala estava, no entanto, vazia. Na passada quarta-feira, técnicos da câmara levaram todos os equipamentos, inclusive as secretárias e as cadeiras. Em Calvos, a comunicação de que a escola ia encerrar foi feita pelo pároco local na missa de domingo. "Ficamos surpreendidos porque tínhamos a garantia que a escola iria sofrer obras e que iriam construir um pavilhão e uma cantina. Somos gente, não nos podem tratar assim", afirmam os pais.
Mais a sul o mesmo acontece. Na missa celebrada na Igreja de Cavernães é anunciada a data do regresso às aulas, mas os oito alunos da Escola do 1º ciclo de Carragosela (Viseu) continuam sem saber quando começam a usar as mochilas e os novos cadernos escolares. "Não sabemos quando começam as aulas, já me disseram que o senhor padre nomeou na missa que as aulas começam esta sexta-feira, mas nem da Câmara de Viseu nem da junta de freguesia nos deram qualquer informação", revela ao DN, Helena da Costa, mãe da Margarida.
Os pais estão impacientes com a indefinição e com a falta de diálogo. Em causa está o eventual encerramento da escola de Carragosela, com a consequente transferência das crianças para o estabelecimento de ensino de Cavernães. O impasse naquela aldeia, situada a dez quilómetros de Viseu, mantém-se, até porque os pais destes oito alunos nem sequer sabem em que condições estará a escola de acolhimento para os receber. E continuam sem perceber como é possível retirar os alunos de uma escola moderna e apetrechada com as melhores condições de ensino para outra mais velha e degradada.
Estes são apenas exemplos. Este ano lectivo, uma em cada cinco escolas do 1.º ciclo - as antigas primárias - não abrem portas. Estima-se que serão 1460 das 7350 que funcionaram até 2005. Mas só no final desta semana será conhecida a lista final. Os encerramentos foram determinados depois de as autarquias terem sinalizado os estabelecimentos com poucos alunos, níveis elevados de insucesso escolar ou más condições físicas.
No lugar de Calvos, na freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, os pais recusaram que os filhos fossem transportados para a escola da aldeia vizinha de Paredes. Afirmam que nunca foram informados oficialmente pelas autoridades responsáveis e, hoje de manhã, pelas 08.15, mais uma vez os 16 alunos desta EB1 estarão à porta da sua velha escola e de mochila às costas, à espera que a professora regresse. "Até podiam tomar esta decisão, mas sempre ouvindo a opinião dos pais", diz Lurdes Fernandes, que ontem, com mais algumas mães, resolveu limpar a escola e desbravar o mato que entretanto cresceu no recreio. A sala estava, no entanto, vazia. Na passada quarta-feira, técnicos da câmara levaram todos os equipamentos, inclusive as secretárias e as cadeiras. Em Calvos, a comunicação de que a escola ia encerrar foi feita pelo pároco local na missa de domingo. "Ficamos surpreendidos porque tínhamos a garantia que a escola iria sofrer obras e que iriam construir um pavilhão e uma cantina. Somos gente, não nos podem tratar assim", afirmam os pais.
Mais a sul o mesmo acontece. Na missa celebrada na Igreja de Cavernães é anunciada a data do regresso às aulas, mas os oito alunos da Escola do 1º ciclo de Carragosela (Viseu) continuam sem saber quando começam a usar as mochilas e os novos cadernos escolares. "Não sabemos quando começam as aulas, já me disseram que o senhor padre nomeou na missa que as aulas começam esta sexta-feira, mas nem da Câmara de Viseu nem da junta de freguesia nos deram qualquer informação", revela ao DN, Helena da Costa, mãe da Margarida.
Os pais estão impacientes com a indefinição e com a falta de diálogo. Em causa está o eventual encerramento da escola de Carragosela, com a consequente transferência das crianças para o estabelecimento de ensino de Cavernães. O impasse naquela aldeia, situada a dez quilómetros de Viseu, mantém-se, até porque os pais destes oito alunos nem sequer sabem em que condições estará a escola de acolhimento para os receber. E continuam sem perceber como é possível retirar os alunos de uma escola moderna e apetrechada com as melhores condições de ensino para outra mais velha e degradada.
Estes são apenas exemplos. Este ano lectivo, uma em cada cinco escolas do 1.º ciclo - as antigas primárias - não abrem portas. Estima-se que serão 1460 das 7350 que funcionaram até 2005. Mas só no final desta semana será conhecida a lista final. Os encerramentos foram determinados depois de as autarquias terem sinalizado os estabelecimentos com poucos alunos, níveis elevados de insucesso escolar ou más condições físicas.
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