EB 2,3 da Maia acusada de prepotência
0 Comments Published by . on terça-feira, setembro 12, 2006 at 1:37 da tarde."Selecção cirúrgica" é como pais e encarregados de educação de alunos da Escola Básica 2,3 da Maia classificam a forma como aquele estabelecimento de ensino organizou quatro turmas de alunos do 6.º ano a transferir para a Escola Secundária da Maia (ESM). A EB 2,3 é acusada de ter ignorado pedidos de transferência, mas a escola defende-se, argumentando que agiu com o conhecimento da tutela e de acordo com critérios por ela definidos.
Os dois estabelecimentos de ensino ficam paredes-meias no mesmo espaço (Avenida de Luís de Camões) e, por isso, têm a mesma área de influência.
Para a Associação de Pais e Alunos da Escola Secundária da Maia, a explicação é simples "Quiseram ver-se livres dos mais velhos ou dos alunos mais problemáticos".
"Alguns pais pediram a transferência dos filhos e não foram atendidos. Alunos que não queriam sair foram transferidos. O processo não foi transparente, até porque a escola não disponibilizou os impressos para pedidos de transferência", afirmou Aureliano Soares, presidente daquela associação.
Para os pais, como não há transferências a meio do ciclo, as crianças terão de ficar na EB 2,3 até ao 9.º ano, ou, segundo Aureliano Soares, "irão ficar de castigo durante três anos".
Os pais enviaram, ontem, mais uma carta para a ministra da Educação, com conhecimento ao secretário de Estado da Educação e Inspecção-Geral do Ensino onde é sugerida a criação de mais uma turma na ESM. "A Secundária não tem muito espaço, mas, talvez com um pouco de sacrifício, consiga encaixar mais uma turma", admitiu Aureliano Soares.
A associação de pais assinalou, ainda, a mudança de terminologia utilizada pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) na correspondência trocada a este propósito. "No início utilizava a palavra 'transferência', depois começou a falara em 'mobilidade' dos alunos", referiu o nosso interlocutor.
Critérios da DREN
A presidente do Conselho Executivo da EB 2,3 da Maia, Aurora Tavares, revelou, por seu turno, que agiu seguindo as directivas da tutela.
"Este ano tivemos reclamações e no ano passado também. Estávamos com problemas de lotação e seguimos os critérios definidos pela DREN, enviando para a Escola Secundária da Maia os alunos de níveis etários mais elevados. Por isso, não se pode falar em transferência, mas em mobilidade dos alunos. Mas o Conselho Executivo informou os pais", sublinhou Aurora Tavares.
O JN não conseguiu, em tempo útil, obter comentários da responsável pela DREN nem da presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária da Maia.
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