Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Sindicatos dos Professores avançam para Greve Nacional em Outubro

Treze sindicatos de professores decidiram hoje criar uma plataforma reivindicativa comum e avançar para uma greve nacional em Outubro caso o Ministério da Educação não ceda às propostas que apresentaram no âmbito da negociação das alterações ao Estatuto da Carreira Docente.
Os sindicatos prometem realizar "um conjunto de acções e lutas convergentes" nos próximos meses contra a inflexibilidade negocial da tutela. "Se houver intransigência e imobilismo, as greves aparecerão. Um dia, dois dias, três ou quatro, logo se vê", afirmou Paulo Sucena, secretário-geral da Federação Nacional de Professores.
Esta foi a primeira vez desde o 25 de Abril de 1974 que um conjunto tão alargado de organizações sindicais de professores se uniu para convocar um plano de lutas contra o Ministério da Educação, salientou Paulo Sucena.
"É inédito estarem sentadas à mesma mesa tantas organizações sindicais. Conseguimos uma grande convergência de pontos de vista na leitura crítica do Estatuto da Carreira Docente". Segundo Paulo Sucena, as 13 organizações representam mais de 40 por cento dos cerca de 150 mil professores.
A greve deverá realizar-se depois de uma marcha nacional agendada para 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, apesar de não ser descartada a hipótese da paralisação ocorrer logo em Setembro, quando recomeçam as negociações relativas ao Estatuto da Carreira de Docente, que hoje foram suspensas devido às férias.
Se tal acontecer, o protesto poderá vir a coincidir com o arranque do próximo ano lectivo, que tem início entre 11 e 15 de Setembro, semana que termina com um luto nacional de protesto contra a política educativa do ministério, que está já agendado.
Em Maio, a tutela propôs a alteração ao estatuto, prevendo a divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas e a imposição de quotas para aceder à segunda e mais elevada.
Entre os sindicatos que participam na plataforma estão a Fenprof, FNE, Federação Nacional do Ensino e Investigação (Fenei) e a Federação Portuguesa dos Profissionais da Educação, Ensino, Cultura e Investigação (Fepeci).


Tutela estranha posição dos sindicatos em pleno processo negocial

O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, estranhou hoje que os sindicatos de professores tivessem acordado "um conjunto de acções e lutas", quando o processo negocial de revisão do Estatuto da Carreira Docente está no começo. “Não é por negociarmos sob ameaça que o Governo prescindirá dos seus objectivos", afirmou.
Entre Setembro e Outubro o processo negocial vai prosseguir com mais seis reuniões ordinárias. No início de Setembro, a tutela deverá apresentar uma versão do documento "em função dos contributos dos sindicatos".
Segundo Jorge Pedreira, com a revisão do Estatuto da Carreira Docente, o Ministério pretende "tornar mais exigente e rigorosa a entrada na carreira" e "reconhecer e recompensar os profissionais mais empenhados na promoção do sucesso dos estudantes e não aqueles que se limitam a cumprir".

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