Ensino superior privado aumentou a sua oferta, apesar de todos os anos perder alunos
0 Comments Published by . on sexta-feira, julho 28, 2006 at 12:59 da manhã.As instituições de ensino superior privado têm vindo a perder alunos todos os anos - em 2005, apenas quatro em cada dez vagas abertas foram ocupadas por novos estudantes. Mesmo assim, o número de lugares oferecidos no sector sobe também todos os anos. Voltou a acontecer: universidades e politécnicos do ensino particular e cooperativo estão dispostos a abrir as portas, no ano lectivo 2006-07, a 34.132 caloiros.
Ou seja, há mais 354 vagas disponíveis do que no ano passado. Os dados ontem disponibilizados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - e que podem ser consultados em http://www.acessoensinosuperior.pt - não incluem nem os lugares abertos na Universidade Católica Portuguesa (regime concordatário), nem os que poderão ainda ser disponibilizados na sequência de autorizações de funcionamento de novos cursos que venham a ser dadas pelo ministério.
Novas formações podem, portanto, ainda abrir as portas no próximo ano lectivo, pelo que a capacidade de resposta do sector pode aumentar mais.
Para já, há 573 cursos à escolha, dos quais 253 (44 por cento) estão organizados de acordo com os princípios do Processo de Bolonha (que prevê alterações nas formações superiores, desde logo na sua duração).
Maior taxa de ocupação no politécnico
A maior parte das vagas (64 por cento) concentra-se nas universidades, que se dispõem a receber 21.717 novos alunos. No ano passado, contudo, não mais do que 7476 fizeram a sua inscrição pela primeira vez numa instituição universitária privada; no ano anterior tinham sido 8846 e em 2003 cerca de 10.500. A quebra tem sido uma constante. A taxa de ocupação registada neste subsistema de ensino em 2005 foi de 35 por cento, contra os 53 por cento registados em 2003.
No ensino politécnico, a situação é ligeiramente melhor. Taxa de ocupação das vagas abertas em 2005: 50 por cento (contra 65 por cento dois anos antes). Inscreveram-se no ano passado pela primeira vez 6068 novos alunos. Este ano há 12.415 lugares disponíveis.
Feitas as contas, havia no ano passado 78.362 alunos inscritos nos diferentes anos e tipos de ensino oferecido no sector privado - menos 12.598 do que em 2003, uma descida de 13 por cento.
Um olhar para as listas que dão conta da oferta de cursos em cada instituição de ensino mostra que nos sempre desejados cursos de saúde também há alguma oferta. Por exemplo: 1572 vagas em Enfermagem, disponibilizadas por instituições de vários pontos do país.
Psicologia, no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa, é a licenciatura com mais lugares aprovados: 450. Segue-se o mestrado integrado de Arquitectura na Universidade Lusíada, também em Lisboa, com 400.
No grupo das instituições com mais vagas abertas em diferentes cursos estão a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias em Lisboa (pode receber 3350 caloiros); a Universidade Autónoma, também na capital, com 1350 vagas; e a Lusíada, em Lisboa, com 1910. No Porto, a Universidade Fernando Pessoa abre 550 lugares, a Lusíada 1305 e a Portucalense Infante D. Henrique 860.
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