Educação não pode ficar na mesma
0 Comments Published by . on quinta-feira, julho 20, 2006 at 3:20 da manhã.
Deputados pedem explicações à ministra da Educação sobre exames do 12º ano. CDS quer saber o fundamento para a repetição de provas. BE acusa Governo de «inabilidade». PSD quer apurar responsabilidades, mas não fala em demissão
«A ministra da Educação tem a obrigação de explicar esta confusão aos pais», afirmou o deputado social-democrata Pedro Duarte ao PortugalDiário, sobre a ida de Maria de Lurdes Rodrigues ao Parlamento esta quinta-feira, para esclarecer a forma como decorreram os exames do 12º ano.
«Ninguém compreenderá que tudo fique na mesma no Ministério da Educação depois de esta crise», frisou Pedro Duarte, sublinhando que estão em causa «erros muitos graves». O PSD vai pedir a demissão da ministra? «Não devemos ir por aí. Neste momento é necessário apurar todas as responsabilidades, saber quem errou», disse.
As últimas afirmações da ministra e o despacho, que permitiu a repetição das provas de Química e Física, são «contraditórias», argumentou o social-democrata, acrescentando que o dito despacho é uma «admissão tácita» de houve erros. A bancada parlamentar do PSD também exigirá que a ministra justifique a decisão de proibir a divulgação de provas-modelo nas escolas.
Questionado sobre se repetir os exames de Química e Física é a melhor solução, Diogo Feyo, do CDS, foi peremptório: «Neste momento já não há boas soluções. É preciso escolher a que causar menos danos».
O responsável do CDS disse ainda que não percebe «o fundamento para a repetição de provas». «É só pelos maus resultados? Ou houve erros? Os problemas vão resolver-se numa semana? E como ficam os alunos que apostaram tudo na segunda fase?». Estas são algumas das questões que o ex-Secretário de Estado da Educação vai colocar à ministra.
Diogo Feyo não concorda com a posição da ministra quando afirmou que o problema nos exames «é uma coisa mínima» e recordou que estes exames «determinam a entrada ou não dos alunos no ensino superior».
Para Alda Macedo, do Bloco de Esquerda (BE), repetir as provas «é uma técnica de camuflagem da inabilidade do Governo para gerir a época de exames». A deputada do BE considerou que seria «excessivamente pesado» para os estudantes voltar a fazer provas a todas as disciplinas, mas afirmou que «é preciso avaliar todos os exames em que a qualidade foi posta em causa (tal como Matemática e Economia) e, se houver erros, estas também devem ser repetidas».
A responsável apontou vários erros ao gabinete responsável pelos exames, nomeadamente a alteração dos critérios de correcção em cima da hora e a decisão de não elaborar provas-modelo, como habitualmente acontece. «Só podia conduzir ao desastre», afirmou Alda Macedo.
A deputada considera que «houve uma incompetência clara», por parte do Ministério e que as medidas anunciadas para resolver o problema são apenas um «subterfúgio».
«A ministra da Educação tem a obrigação de explicar esta confusão aos pais», afirmou o deputado social-democrata Pedro Duarte ao PortugalDiário, sobre a ida de Maria de Lurdes Rodrigues ao Parlamento esta quinta-feira, para esclarecer a forma como decorreram os exames do 12º ano.
«Ninguém compreenderá que tudo fique na mesma no Ministério da Educação depois de esta crise», frisou Pedro Duarte, sublinhando que estão em causa «erros muitos graves». O PSD vai pedir a demissão da ministra? «Não devemos ir por aí. Neste momento é necessário apurar todas as responsabilidades, saber quem errou», disse.
As últimas afirmações da ministra e o despacho, que permitiu a repetição das provas de Química e Física, são «contraditórias», argumentou o social-democrata, acrescentando que o dito despacho é uma «admissão tácita» de houve erros. A bancada parlamentar do PSD também exigirá que a ministra justifique a decisão de proibir a divulgação de provas-modelo nas escolas.
Questionado sobre se repetir os exames de Química e Física é a melhor solução, Diogo Feyo, do CDS, foi peremptório: «Neste momento já não há boas soluções. É preciso escolher a que causar menos danos».
O responsável do CDS disse ainda que não percebe «o fundamento para a repetição de provas». «É só pelos maus resultados? Ou houve erros? Os problemas vão resolver-se numa semana? E como ficam os alunos que apostaram tudo na segunda fase?». Estas são algumas das questões que o ex-Secretário de Estado da Educação vai colocar à ministra.
Diogo Feyo não concorda com a posição da ministra quando afirmou que o problema nos exames «é uma coisa mínima» e recordou que estes exames «determinam a entrada ou não dos alunos no ensino superior».
Para Alda Macedo, do Bloco de Esquerda (BE), repetir as provas «é uma técnica de camuflagem da inabilidade do Governo para gerir a época de exames». A deputada do BE considerou que seria «excessivamente pesado» para os estudantes voltar a fazer provas a todas as disciplinas, mas afirmou que «é preciso avaliar todos os exames em que a qualidade foi posta em causa (tal como Matemática e Economia) e, se houver erros, estas também devem ser repetidas».
A responsável apontou vários erros ao gabinete responsável pelos exames, nomeadamente a alteração dos critérios de correcção em cima da hora e a decisão de não elaborar provas-modelo, como habitualmente acontece. «Só podia conduzir ao desastre», afirmou Alda Macedo.
A deputada considera que «houve uma incompetência clara», por parte do Ministério e que as medidas anunciadas para resolver o problema são apenas um «subterfúgio».
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