Professoras Desesperadas

Foi sob uma chuva de aplausos de dezenas de crianças e o olhar atento dos mais graúdos que o guarda-redes portista Vítor Baía lançou ontem, no Shopping Cidade do Porto, o livro "Contos redondos", uma obra destinada aos miúdos e cuja parte da verba resultante das vendas será encaminhada para os mais desfavorecidos.
O Dia Mundial da Criança foi aproveitado para o lançamento do livro, que custa 4,90 euros e contém pequenas histórias dos "amigos" e também futebolistas Deco, Ronaldo, Quaresma, João Moutinho, Nani, Moreira, Manuel Fernandes, Ricardo Costa, Hugo Almeida e Bosingwa.
"Digamos que é o gosto pela bola. Nos meus tempos de infância, também pensava nos recreios e nos jogos de futebol. Daí ter surgido a ideia de contar esta pequena história, que tem muito a ver com a maioria dos miúdos em idade escolar. Pensam no recreio e têm o gosto pelo futebol", justifica.
O próprio Vítor Baía é autor de uma história e, como nenhuma é assinada, os leitores são desafiados a descobrir o autor de cada texto. "É um livro de leitura fácil, com alguns contos pessoais. Há um passatempo para as crianças tentarem descobrir de quem é a história", adianta o guarda-redes, que confessou já ter dado a conhecer o texto aos seus filhos e com resultado animador.
O jogador insiste que "a principal finalidade é angariar dinheiro para ajudar as crianças mais carenciadas", pois esta iniciativa surge no âmbito de outras do mesmo género, patrocinadas pela Fundação Vítor Baía (FVB). Relativamente à elaboração do livro, diz ter gostado da experiência. "Foi fácil. Todos colaboraram. É algo bastante interessante, numa área a que não estamos habituados e em que estamos a dar os primeiros passos. Os miúdos vão ficar satisfeitos", acredita, confiante na boa aceitação do público. E, a avaliar pelas longas filas para recolher o seu autógrafo, é de prever um sucesso livreiro. À hora de almoço, no shopping, a sessão foi bastante participada. O guarda-redes passou mais de uma hora a assinar exemplares
Vítor Baía garante que o trabalho na FVB não tem em vista a autopromoção. "Têm sido dois anos de trabalho válido. Vamos continuar nesta luta, em função de uma causa nobre. Não me irei servir pessoalmente. Irei seguir o destino traçado servir o próximo e ajudar crianças e adolescentes. Isso irá preencher o meu dia-a-dia", adianta. Depois do final da manhã preenchido no Shopping Cidade do Porto, à tarde foi a vez da Feira da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no Mercado Ferreira Borges, contar com o guarda-redes. Pinto da Costa esteve ausente, apesar da organização ter anunciado a sua presença.